05/11/07: EPM inaugura painel de fotos de seus ex-diretores

Ex-diretores da EPM são homenageados
 

A Escola Paulista da Magistratura inaugurou, no dia 26 de outubro, um painel com os retratos de seus ex-diretores: os desembargadores José Alberto Weiss de Andrade (gestão 1988/1992), Nereu César de Moraes (1992/1994), Yussef Said Cahali (1994/1996), Sergio Augusto Nigro Conceição (1996/1998) e Márcio Martins Bonilha (1998/1999); os atuais ministros Antonio Cezar Peluso, do Supremo Tribunal Federal, (1999/2002) e Hélio Quaglia Barbosa, do Superior Tribunal de Justiça, (2002/2003); e o desembargador Carlos Augusto Guimarães e Souza Júnior (2003/2006).

 

Durante a cerimônia, os homenageados receberam uma placa comemorativa – com exceção dos desembargadores Nereu César de Moraes e José Alberto Weiss de Andrade (representado no evento pelo filho, desembargador Alberto de Oliveira Andrade Neto), que não puderam comparecer.

 

Prestigiaram a solenidade o ministro Massami Uyeda, do STJ; os desembargadores Caio Eduardo Canguçu de Almeida, vice-presidente do Tribunal de Justiça de São Paulo; Marcus Vinicius dos Santos Andrade, diretor da EPM; Antonio Rulli Junior, vice-diretor da EPM; Sebastião Luiz Amorim, presidente da Associação Paulista de Magistrados (Apamagis); e o presidente do Tribunal de Justiça Militar de São Paulo, juiz Evanir Ferreira Castilho, além de diversas autoridades do Judiciário paulista.

 
Iniciando as homenagens, o desembargador Sebastião Luiz Amorim destacou a importância da EPM e de seus ex-diretores para a magistratura paulista, recordando as dificuldades que enfrentavam os juízes ingressantes antes da criação da Escola: “Os menos moços lembram como entrávamos na magistratura: tomávamos posse e já íamos fazer audiências, aprendendo com a própria vida. Hoje, felizmente, temos a EPM, que é a mestra que dá o contorno de nossas vidas em um cargo muito difícil de ser exercido, mas que está bastante aplainado por essa Escola, que é, hoje, o grande galardão de todos os magistrados”, ressaltou.

 

Discursando em nome dos homenageados, o ministro Cezar Peluso lamentou a falta de memória da magistratura paulista, que deixou caírem no esquecimento juristas como Costa Manso e Frederico Marques. “Quando a EPM resolve homenagear seus ex-diretores, temos um momento de congratulações, pois a instituição tenta recuperar, em certo sentido, a sua história. Mais do que isso: este é um momento em que permitimos recordar o que os ex-diretores fizeram para consolidar um organismo da maior importância para o aprimoramento da magistratura paulista”, salientou.

 
O ministro também destacou a atuação de todos os demais magistrados que auxiliaram os ex-diretores em suas realizações. “Em relação à minha gestão, houve um conjunto de juízes, em particular aqueles de primeiro grau, que constituíram o primeiro grande Conselho da Escola, que concebeu e realizou todos os eventos que podem ser creditados à nossa gestão. Por isso, aproveito para prestar uma homenagem a esse grupo de magistrados, nas pessoas dos juízes Rubens Rihl Pires Corrêa e Fernando Florido Marcondes, aqui presentes”, concluiu.

 

Na seqüência, o diretor da EPM, desembargador Marcus Vinicius dos Santos Andrade, recordou a história da criação da Escola, a partir da necessidade de se criar uma instituição, dentro do Tribunal de Justiça, que promovesse a formação e o aperfeiçoamento dos magistrados, e a evolução da EPM até se tornar um dos centros de ensino jurídico mais renomados e respeitados do País. “Desde os tempos difíceis da instauração, com o desembargador José Alberto Weiss de Andrade, até a consolidação dos cursos de iniciação funcional, sob a direção dos desembargadores Nereu César de Moraes, Yussef Said Cahali, Sergio Augusto Nigro Conceição e Márcio Martins Bonilha, e, depois, com o acréscimo fundamental do viés acadêmico da pós-graduação, na gestão do ministro Antonio Cezar Peluso, impulso sustentado e ampliado por seus sucessores, ministro Hélio Quaglia Barbosa e desembargador Carlos Augusto Guimarães e Souza Júnior, a Escola tem mostrado, com veemência, uma unidade programática que, pela coesão e eficiência, revela a sensibilidade cultural, a vocação pedagógica, o desprendimento e a extrema dedicação de seus ex-titulares, agora reverenciados.”

 

O desembargador Marcus Andrade também citou a unidade de propósitos, voltados para o permanente aperfeiçoamento do ensino aos juízes e à comunidade jurídica, mantida desde a implantação da Escola por seus diretores: “Isso se deve ao espírito público desses homens ilustres, que engrandeceram e engrandecem o Tribunal de Justiça e a Escola da Magistratura. Seus nomes e suas tarefas, exemplarmente cumpridas, não admitem o olvido. Toda a trajetória da EPM, que a eles é devida, consubstanciando a concretização de importante patrimônio intelectual, justifica, antes faz necessária, esta singela, porém merecida homenagem, que ora lhes é prestada, com a inauguração do painel de seus retratos”, frisou.

 

O diretor da EPM chamou a atenção, ainda, para a tradição da instituição: “Essa tradição implantada na Escola e que continua, sempre participante e dinâmica, fez com que os diretores, uns após os outros, dessem a seqüência necessária e, até, angustiante ao trabalho profícuo que se iniciou em 1988, em condições muito precárias, mas que foi se firmando, até chegar a uma instituição de ensino que baliza qualquer outra desse padrão. E isso se deve a esses diretores e àqueles que trabalharam com eles e aos que trabalham, hoje, comigo”, salientou, lembrando que a idéia do painel de fotos foi do desembargador Guimarães e Souza: “Esse é outro exemplo da transmissão de sucessão, pois todos os diretores acresceram e tiveram o mesmo espírito público, voltado para o ensino dos juízes e para a transmissão da cultura judiciária para toda a comunidade. Esse é o papel da cultura do Judiciário e essa é a razão dessa homenagem, que esses homens tanto merecem”, concluiu.

             

Encerrando o evento, o desembargador Canguçu de Almeida destacou a contribuição prestada pelos ex-diretores para que a EPM se tornasse o que é hoje: “Cada um, em seu tempo, emprestou o melhor de si para a consolidação e para a firmação da Escola, como instituição respeitada e vencedora na formação e no aperfeiçoamento, não só de magistrados, mas também de operadores do Direito, em geral”.

 

Ele também destacou o caráter idealista dos homenageados: “Eles foram precursores de uma instituição exclusivamente voltada para o enriquecimento cultural de uma multidão de seres que, como nós, sonham com um ideal comum, que é a atualização, o desenvolvimento e a modernização de uma ciência que está sempre em evolução, reclamando conceitos e caminhos novos, adequados a seu tempo. E, cada um dos ex-diretores contribuiu para isso, para que a Escola encontrasse sua rota, traçada na direção de um destino grandioso, reservado no cenário pedagógico do Direito. É por isso que se fizeram todos merecedores desse público reconhecimento e agradecimento pelo que fizeram em prol da cultura, em prol do Direito e, estejam certos, em prol do nosso Tribunal de Justiça”, concluiu o desembargador Canguçu de Almeida.

 

                  


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