Novos juízes visitam Academia do Barro Branco

Novos juízes visitam academia do Barro Branco

  
Juízes do curso de Iniciação Funcional assistem palestra de policial militar da Academia do Barro Branco
 

No dia 24/11, os novos juízes que passaram pela Iniciação Funcional da EPM, fizeram uma visita à Academia de Polícia Militar do Barro Branco, dentro do módulo especial do curso. AAcademia de Polícia Militar do Barro Branco (ou APMBB) é uma escola de nível superior, de formação de oficiais da Polícia Militar do Estado de São Paulo e tem duração de 4 anos.

 

“A experiência que tivemos no Barro Branco foi muito positiva. Nós pudemos ver a estrutura em que é formado o oficial policial. Ele passa por um concurso difícil para ingressar na academia do Barro Branco, realizado pela FUVEST. É um dos cursos mais concorridos. Eu notei que a qualificação dos oficiais é excelente. Eu, como cidadã, fiquei muito satisfeita, porque eles fazem parte da segurança pública”, falou a juíza Patrícia Padilha.

O curso possui uma grande carga horária, com regime de internato nos dois primeiros anos e semi-internato nos dois últimos. Há  matérias profissionais e de conhecimentos gerais:administraçãopsicologiadireitoestratégiapolíticaestatística, entre outras, somando mais de 6.000 horas de estudo.

A idéia da atividade partiu do coordenador da área de Processo Penal da EPM, desembargador José Damião Pinheiro Machado Cogan. “Eu achei que o evento trouxe uma visão real do que acontece. Os novos juízes tiveram a oportunidade de se aproximar daqueles que vão estar ao seu lado no exercício da função. Aliás, não existe polícia sem justiça, nem justiça sem polícia. Ambas têm que ter uma ligação. A polícia militar pôde demonstrar seus problemas àqueles que vão exercer a jurisdição.”


Juízes assistem a cerimônia de hasteamento da bandeira

 

A visita constou de aulas teóricas sobre o funcionamento da academia e uma parte prática.  “Eu acho importante que os juízes que estão entrando conheçam a estrutura que está por trás da polícia militar. Muitos juízes não tinham conhecimento dos problemas que a polícia enfrenta. Aliás, a maioria dos que vem para a magistratura não é da área criminal, mas da área civil, então eles não têm nenhum contato com a criminalidade violenta e, às vezes, até a subestima”, falou o desembargador José Damião Cogan.

 

Para a juíza Paula Regina Schepf, a visita dos juízes à academia do Barro Branco foi uma boa oportunidade dos juízes conhecerem mais de perto o trabalho de um policial.

“Nós pudemos ver as dificuldades da carreira da policia militar e assim, valorizar mais o trabalho que é muito difícil. Eles dão a vida em prol da sociedade e muitas vezes esse trabalho não aparece.”

 

Para o juiz Felipe Poyares Miranda, a experiência da academia do Barro Branco foi muito proveitosa, principalmente para mudar a visão que ele tinha da corporação. “A despeito daquela imagem esteriotipada que a imprensa apresenta do policial, que é um homem bruto, violento, que aparece nas manchetes dos jornais, eu pude ter acesso a toda a preparação que é feita com os policiais, de treinamento no sentido psicológico, jurídico, técnico. Foi muito esclarecedor para mim, porque eu pude ter acesso a uma outra ótica do policial militar. Aprendi a ver a polícia militar com outros olhos.”

 

Paula Schempf também concorda que existe um preconceito com a figura do policial. “Existe um estigma contra o policial. Acredita-se que todo o policial é corrupto, todo policial pratica abuso de autoridade, tortura, enfim, e não é. Isso não acontece só na polícia, mas em todas as instituições. O trabalho do policial é isso: vocação”, diz.


Policiais militares fazem apresentação para juízes


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