No último dia 19 de abril, o diretor da Escola Paulista da Magistratura, desembargador Marcus Vinicius dos Santos Andrade, reuniu-se com o presidente do Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo, desembargador Celso Luiz Limongi, para discutir a viabilização de medidas para ampliação das atividades de ensino e pesquisa da EPM. Participaram da reunião os desembargadores Walter de Almeida Guilherme, coordenador da área de pesquisa da EPM, e Antonio Carlos Malheiros, coordenador da área de aperfeiçoamento funcional de servidores da EPM, e os juízes Edison Aparecido Brandão, assistente da vice-diretoria da EPM para assuntos da Sociedade da Informação, e Luís Francisco Aguilar Cortez, juiz assessor da presidência do TJSP.

Dentre as questões levantadas pelo diretor da EPM, estão a necessidade de estender o horário de funcionamento da Escola, limitado às 19 horas, para as 23 horas, e de disponibilizar o uso dos demais andares do prédio da EPM - atualmente ocupados por setores administrativos do Tribunal de Justiça - para as atividades da Escola. O desembargador justificou a necessidade de ampliação do espaço físico e do horário de funcionamento para viabilizar a implementação dos diversos projetos da diretoria da EPM, como os cursos para servidores do Judiciário paulista, que deverão ser realizados em conjunto com a corregedoria do Tribunal de Justiça. “O servidor do Judiciário precisa ter orgulho de ser funcionário do Tribunal de Justiça”, afirmou.

O desembargador Marcus Vinicius dos Santos Andrade também ressaltou a importância de aprimoramento constante dos atuais cursos promovidos pela Escola, inclusive do Curso de Iniciação Funcional para os juízes recém-ingressos na magistratura. “O curso precisa ser dinâmico, com transmissão de habilidades. Para isso, as aulas teóricas, ministradas no período da manhã, devem estar em sintonia com as atividades práticas desenvolvidas nos fóruns, no período da tarde. E é importante dispor de magistrados com aptidão para acompanhar os juízes recém-ingressos nos fóruns, complementando o curso”, afirmou.

Outro ponto discutido na reunião foi o ensino à distância, uma das prioridades da nova gestão da EPM, que visa facilitar o acesso de magistrados aos cursos e palestras da Escola e que deverá ser utilizado também para o aprimoramento dos servidores. O objetivo é criar um estúdio na própria Escola, de forma a tornar a instituição independente na realização de cursos à distância. Para isso, o diretor da EPM solicitou ao presidente do TJ a designação de um funcionário especializado e a compra de equipamentos para a produção de vídeos próprios para a difusão pela internet. Como adiantou o juiz Edison Brandão, a utilização dessa tecnologia, conhecida como video streaming, possibilitará a transmissão, em tempo real, de palestras, que serão disponibilizadas no site da EPM. O acesso poderá ser feito por meio da rede do Tribunal de Justiça, fora do horário de expediente.

O presidente do TJSP mostrou-se bastante receptivo às postulações do diretor da EPM e adiantou que fará o possível para atendê-las, ressaltando a importância da ampliação das atividades da Escola para a modernização do Judiciário paulista. Além de já ter participado de vários eventos promovidos pela EPM, o desembargador Celso Limongi foi coordenador do Módulo Criminal do Curso de Iniciação Funcional durante o biênio 2004/2005 e é integrante das comissões editoriais de duas publicações da Escola: a Revista da EPM e a revista Diálogos & Debates.