Desembargador Emeric Lévay é homenageado em exposição sobre o Timor Leste

A presença da Justiça paulista no Timor Leste (*)

O desembargador Emeric Lévay, falecido no dia 24 de outubro, foi homenageado pelo poeta Paulo Bomfim durante a abertura da exposição sobre o Timor Leste, realizada no Palácio da Justiça

No dia 26 de outubro, no "Salão dos Passos Perdidos", 2º andar do Palácio da Justiça, foi inaugurada a exposição temporária "A Presença da Justiça Paulista no Timor Leste", que contou com a presença do presidente do Tribunal de Justiça, des. Luiz Elias Tâmbara; vice-presidente do Tribunal de Justiça, des. Mohamed Amaro, desembargadores, juízes e da juíza Dora Martins, que integrou a Missão de Paz da ONU no Timor Leste, ao lado de outros voluntários, incumbidos da reconstrução do País, sob os auspícios da UNMISET (Union Mission of Suport of East Timor).

A mostra conta com vasta iconografia e objetos artesanais, que retratam os hábitos e tradições do povo timorense. A exposição, com entrada franca, está aberta à visitação do público em geral, de 2ª a 6ª feira, das 11 às 19 horas.

Durante a solenidade de abertura da exposição, o poeta Paulo Bomfim proferiu discurso (abaixo), em homenagem ao coordenador do Museu do Tribunal de Justiça, des. Emeric Lévay, falecido no último dia 24 de outubro:

Esta exposição foi idealizada pelo Desembargador Emeric Lévay, insubstituível coordenador de nosso museu.

Provavelmente isso esteja ocorrendo também num universo paralelo, onde os passos efêmeros se transfiguram em caminhos de eternidade.

Ninguém melhor do que ele, com sua sabedoria jurídica e sua erudição histórica, para celebrar conosco a inauguração desta mostra sobre a presença da Justiça Paulista no Timor Leste e perpetuar na memória do Tribunal a saga da Dra. Dora Martins na missão de Paz da ONU no último baluarte cristão da língua portuguesa.

A sensibilidade desse paulista por vocação, do peregrino originário de uma Hungria torturada por guerras e ideologias, compreendeu o drama de Timor Leste, irmanou-se com a causa de seu povo, sugerindo que se realizasse a exposição hoje inaugurada por Sua Excelência o Desembargador Luiz Elias Tâmbara, ilustre Presidente do Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo.

O sofrimento e a redenção do Timor Leste aqui se encontram refletidos nas comoventes fotografias da Dra. Dora Martins.

A Justiça Paulista e a processualística brasileira deixam suas sementes nas terras que levaram ao Prêmio Nobel da Paz, em 1996, o Bispo Ximenes Belo e Ramos Horta.

Dra. Dora Martins, receba dos irmãos em Emeric Lévay os cumprimentos por sua missão judicante e pelo acervo que se revela num momento em que a saudade molda os campos da esperança.

Reafirmamos neste salão, que, enquanto houver justiça e liberdade, os passos não são perdidos."

(*) Texto publicado no informativo quinzenal do Gabinete dos Desembargadores do Tribunal de Justiça "Paulistão", nº 312, produzido pelo Gabinete de Assessoria de Comunicação.

Leia o artigo da juíza Dora Martins narrando sua experiência no Timor Leste


Leia a matéria sobre a história do Museu do Tribunal de Justiça 

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