EPM e CIJ promovem seminário sobre paternidade e maternidade na adolescência

Evento aconteceu no Fórum João Mendes Júnior.

 

Foi realizado ontem (12) o seminário Gravidez, maternidade e paternidade precoces, promovido pela EPM e pela Coordenadoria da Infância e da Juventude (CIJ) do Tribunal de Justiça de São Paulo Palestraram o professor Wilson Pereira de Souza, pediatra da equipe técnica do programa Saúde do adolescente, da Secretaria de Saúde do Estado de São Paulo, e a professora Lia Pinheiro, psicóloga do mesmo programa e supervisora do programa Dá pra atender?, da Casa do Adolescente de Pinheiros.

        

O seminário foi ministrado no Fórum João Mendes Júnior, nas modalidades presencial e a distância. Na plateia também estavam adolescentes e, antes do início das atividades, o desembargador Antonio Carlos Malheiros, integrante da CIJ, falou sobre a satisfação de tê-los entre os participantes: “vocês nos trazem vida e a esperança de dias melhores”.

        

A abertura do evento coube ao juiz Paulo Roberto Fadigas Cesar, da Vara da Infância e Juventude do Foro Regional da Penha de França e integrante da CIJ, que apresentou os palestrantes. Também estava presente a juíza Mônica Ribeiro de Souza, da Vara da Infância e Juventude do Foro Regional do Ipiranga.

        

Em sua exposição, Wilson de Souza afirmou que o adolescente precisa receber a mesma atenção oferecida a crianças, gestantes e idosos e destacou que esse é o foco do programa Saúde do adolescente, embasado em convenções internacionais e na legislação brasileira. “O carro-chefe do programa é a Casa do adolescente, um espaço onde o jovem pode contar com profissionais acolhedores”. Ele explicou que são promovidas rodas de conversa, oficinas de teatro, dança, moda, música, carreira, estações de literatura etc. e mostrou fotos das casas que funcionam em alguns bairros de São Paulo e cidades do Estado. Wilson também falou sobre o modelo itinerante da Casa, que percorre a periferia da capital incentivando a adoção de um projeto de vida pelos adolescentes.

    

Lia Pinheiro explicou que gravidez na adolescência não faz parte do projeto de vida de nenhum jovem e que é necessário dar amparo àqueles que passam por essa situação. “Para auxiliar, os profissionais precisam estar cientes das mudanças enfrentadas pelos adolescentes, como alteração do corpo, a busca de si mesmo e necessidade de intelectualizar e fantasiar”. A psicóloga ressaltou que ter um filho na adolescência traz uma mudança no rumo da vida. “É difícil, mas não impossível achar um equilíbrio entre ser adolescente e a responsabilidade da paternidade ou maternidade”, explicou.

        

Ao final, Wilson e Lia responderam a perguntas do público. Paulo Fadigas e Monica de Souza entregaram aos palestrantes certificados pela participação no seminário.

 

AS (texto) / KS (fotos)


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