17/04/07: Apamagis presta homenagem ao poeta Paulo Bomfim

Poeta Paulo Bomfim é homenageado na Apamagis


 

Nesta terça-feira, 17 de abril, o poeta Paulo Bomfim, coordenador do Cerimonial do Tribunal de Justiça de São Paulo e decano da Academia Paulista de Letras, foi homenageado na sede da Associação Paulista de Magistrados (Apamagis). A cerimônia contou com a participação dos desembargadores Caio Eduardo Canguçu de Almeida, vice-presidente do TJSP, Sidnei Agostinho Beneti, presidente da Seção de Direito Público do TJSP, Marcus Vinicius dos Santos Andrade, diretor da EPM, Sebastião Luiz Amorim, presidente da Apamagis, Henrique Nelson Calandra e Paulo Dimas de Bellis Mascaretti, 1º e 2º vice-presidentes da Apamagis, Oldemar Azevedo e Zélia Maria Antunes Alves, bem como do juiz João Batista Amorim de Vilhena Nunes, coordenador da área de informática e da biblioteca da EPM, entre outras autoridades do Judiciário paulista.

 

Durante o evento, foi inaugurado um quadro com a poesia “Oração aos meus amigos do Tribunal de Justiça”, de autoria do poeta, e foram destacados, pelos presentes, seu trabalho e sua habitual disposição para atender ao Judiciário paulista. “Paulo Bomfim é um bom exemplo de entusiasmo, força e luta. Essa é uma homenagem simples, mas através dela queremos que você receba o abraço de todos os juízes, porque você já é um magistrado honorário por tudo aquilo que tem feito pela magistratura paulista”, ressaltou o desembargador Paulo Dimas de Bellis Mascaretti

 

O presidente da Apamagis também salientou a importância do poeta para a literatura e para o Judiciário. “Hoje, te homenageamos de forma simples, mas com o único objetivo de contemplar aquele que sempre engrandeceu a literatura brasileira e que tanto contribuiu com o Poder Judiciário”, saudou o desembargador Sebastião Luiz Amorim.

 

O juiz João Batista Amorim de Vilhena Nunes recitou a composição abaixo, elaborada a partir de citações de diversos poemas de Paulo Bomfim:

 

Bomfim figura imortal*

 

Caso Antônio estivesse aqui, nesta justificada homenagem, certamente não se apresentaria triste.

 

Aliás, estes que já se foram, quando tornam, ao contrário da fantasia popular, vêm trazer conforto, colorido e inspiração aos vivos que os possam entender.

 

Paulo Bomfim é destes que conseguem tudo entender e traduzir em verso e prosa o que os moucos e cegos teimam em não perceber.

 

É o ar na torre das palavras, que envolve e domina, encanta o ser, alimenta a alma.

 

É dos capazes de afirmar que as flores falam perfumes e pensam cor. 

 

O seu expressar coloca os homens tal como crianças defronte ao mar pela primeira vez.

 

Leva a pensar que do caule dos fuzis podem brotar lírios, que a guerra não é nada para quem está em paz.

 

Às vezes, macambúzio, nos mostra que a Esperança está no fundo do Oceano, que a perda de um amor é corte que pode não cicatrizar.

 

Mas alegra-te Paulo, pois o Oceano é pródigo e sempre leva à praia aquilo que não aceita submergir.

 

Trará, assim, de volta, ao seu tempo é bom frisar, a sua boa Esperança.

 

Bomfim, é chegado o momento de terminar.

 

Porém, como sabe, o eterno principia no efêmero, e este momento, cumprindo o seu destino, se projetará no espaço sempre a evocar sua figura imortal.

 

 

*Composição que traz passagens dos seguintes poemas: “Antônio Triste”, “O Ar”, “Poema das Grandes Catedrais”, “Redescoberta”, “Som Distante”, “XXIII [A linguagem do eterno]” e “XXVI [As flores falam perfumes]”, estes dois últimos do livro “Sinfonia Branca”.

  


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