EPM promove o curso ‘Ética e Direito’

Aula inaugural foi ministrada por Alysson Mascaro.

 

Com a aula “A ética dos gregos”, proferida pelo professor Alysson Leandro Barbate Mascaro, teve início no último dia 2 o curso Ética e Direito da EPM. O evento teve a participação dos desembargadores Luís Francisco Aguilar Cortez, vice-diretor da EPM, e Paulo Magalhães da Costa Coelho, que coordena o curso, juntamente com o juiz Luis Manuel Fonseca Pires.

 

Na abertura, Luís Francisco Aguilar Cortez agradeceu o trabalho dos coordenadores e a participação do palestrante e dos alunos e ressaltou a importância do curso.

 

Alysson Mascaro iniciou sua exposição salientando a importância da reflexão sobre o horizonte de apreensão do justo na sociedade: “estamos em uma quadra da história em que seremos cobrados no futuro pelo que fazemos hoje em torno da Justiça e pelo que temos na mão das rédeas da sociedade”.

 

Ele apresentou um panorama sobre a visão ética de alguns filósofos da antiguidade, entre ele Anaximandro de Mileto (610 - 546 a.C.) e Heráclito (aproximadamente 540 - 470 a.C.), lembrando que para este a verdade e a justiça brotam do atrito. Falou também sobre os sofistas, recordando que eles não acreditavam na verdade ética absoluta, mas sim na possibilidade de interpretar uma ideia sob inúmeras perspectivas. E vendiam seus argumentos, inclusive para pessoas com pontos de vista ambíguos em uma questão.

 

Alysson Mascaro discorreu ainda a respeito de Sócrates (469 - 399 a.C.), esclarecendo que ele discordava da postura dos sofistas, atrelando o pensamento a um comportamento ético. Acrescentou que Sócrates acreditava que para encontrar o caminho da verdade, era preciso destruir as falsas verdades por meio da dúvida metódica.  O palestrante ressaltou que Sócrates inaugurou o período clássico da Filosofia e lembrou que ele afirmava: “aquele que pensa a verdade, deve pensar a filosofia”.

 

Na sequência, falou sobre Platão (428/427 - 348/347 a.C.), discípulo de Sócrates, salientando que para ele o conceito de ideia era algo imutável e que se impõe como verdade. Alysson Mascaro recordou também que Platâo afirmava que se existe a ideia, existe a ética, conceito também imutável, e que as pessoas no geral possuem opiniões, que não necessariamente condizem com a verdade.

 

Por fim, discorreu sobre Aristóteles (384 a 322 a.C.), aluno de Platão, que defendia que justiça é dar a cada um aquilo que é seu, ou seja, uma ação humana, sendo que aquilo que não for objeto da ação humana não está sob os auspícios da justiça. Acrescentou que para Aristóteles justo não é quem apenas sabe o que é justiça, mas quem a pratica.

 

LS (texto) / RF (fotos)


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