EPM promove curso de aperfeiçoamento para mediação em conflitos que envolvem idosos e pessoas com deficiência

Miriam Blanco Muniz proferiu a aula inaugural.

 

Teve início no último dia 10 o Curso de aperfeiçoamento em mediação de conflitos do idoso e do portador de deficiência, promovido pela EPM para conciliadores e mediadores atuantes em Centros Judiciários de Solução de Conflitos e Cidadania (Cejuscs) da Capital. A primeira aula foi ministrada pela psicóloga Miriam Blanco Muniz e versou sobre o tema “Teoria da comunicação aplicada nas relações de família”.

 

O evento teve a participação dos coordenadores do curso, desembargador José Carlos Ferreira Alves, coordenador do Núcleo Permanente de Métodos Consensuais de Solução de Conflitos do TJSP (Nupemec); e juiz Ricardo Pereira Júnior, coordenador do Cejusc central; e das juízas Adriana Menezes Bodini e Cláudia Marina Maimone Spagnuolo.

 

Na abertura dos trabalhos, José Carlos Ferreira Alves agradeceu o apoio da direção da EPM à realização do curso e agradeceu a participação da palestrante e dos alunos, frisando que serão propagadores da cultura de paz e da teoria e da prática de mediação desenvolvidas durante o curso.

 

Ricardo Pereira Júnior recordou que o curso foi elaborado com a colaboração das juízas Adriana Bodini e Cláudia Spagnuolo e nasceu a partir de uma palestra promovida por elas na APAE de São Paulo. “Nesse evento, percebemos a necessidade que as pessoas com deficiência e os idosos de maneira geral experimentam e decidimos levantar esses problemas para que sejam resolvidos pela mediação”, explicou. E lembrou que recente modificação legislativa empodera essas pessoas e permite que desenvolvam suas habilidades e capacidades, devendo ser relevada sua vontade, algo que não ocorria anteriormente nos processos de interdição.

 

Ele ressaltou que a mediação e a conciliação têm um ferramental que pode ser aplicado a novas frentes de trabalho e que a ideia do curso é direcionar esses conhecimentos para os problemas enfrentados pelos idosos e pessoas com deficiência e eventualmente realizar um curso de aperfeiçoamento nessa área para o público em geral.

 

Em sua exposição Mirian Muniz destacou a importância da comunicação na mediação de conflitos em geral e em especial naqueles que envolvem pessoas com deficiência: “quanto mais nos aproximarmos dessas pessoas, entendermos seus interesses e necessidades e capacitá-las a utilizar uma comunicação mais eficiente, melhor”.

 

Ela discorreu sobre os tipos e níveis de comunicação e mencionou as teorias de comunicação de Wiener, Shannon e Jackobson; a teoria de comunicação de Paul Watzlawick, Janet Beavin e Don Jackson – Pragmática da comunicação humana; e a Comunicação não violenta, de Marshall B. Rosenberg, citando exemplos práticos. A respeito da teoria de comunicação de Wiener, que pressupõe um emissor, um canal e um receptor, ela frisou que o mais importante é o feedback: “assim, teremos uma ideia se através da nossa comunicação estamos alinhados. Para isso, não podemos ter pressa, como na mediação, em que precisamos caminhar no ritmo que as pessoas precisam, principalmente nos conflitos familiares”.

 

Com duas aulas semanais, o curso prossegue até 4 de junho com a participação de expositores das instituições parceiras: Ministério Público, Associação Laramara, Fundação Dorina Nowill e Institutos APAE e DERDIC.

 

LS (texto) / (MA) Fotos


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