Diretor da EPM participa do "Simpósio Brasileiro Justiça e Sustentabilidade - Desafios do Século XXI"
Tendo como realizadores associados a Academia Paulista de Magistrados, a Escola Paulista da Magistratura e o Jornal da Justiça, e contando com o apoio institucional do Tribunal de Justiça de São Paulo, realizou-se, na Bahia, importante simpósio para trazer a debate as questões mais modernas do mundo jurídico nacional, sobretudo definindo a postura do juiz, no século XXI.
TEMAS:
1. Justiça, Sustentabilidade e Desenvolvimento: Como interrelacioná-los?
2. Sustentabilidade e Justiça Social.
3. O Cooperativismo e a Sustentabilidade.
4. O papel do judiciário frente a questões ambientais: impacto das avaliações técnico-ambientais na aplicação do direito.
5. A visão do Poder judiciário sobre a atuação dos órgãos de controle e fiscalização (IBAMA, TCU, MINISTÉRIO PÚBLICO etc.).
6. Na visão do Judiciário, como harmonizar Desenvolvimento Econômico-Social e Sustentabilidade?
7. Globalização e Sustentabilidade na perspectiva do Poder Judiciário.
8. Direitos Fundamentais e a escassez de recursos econômicos e naturais: Como deve orientar-se o Poder Judiciário?
PARTICIPANTES:
Ministros do Supremo:
Gilmar Mendes, presidente.
José Antônio Toffoli, o mais moderno.
Ministros do Superior Tribunal de Justiça:
José de Castro Meira
Massami Uyeda
Jorge Mussi
Presidentes de Tribunais:
Des. Antonio Carlos Viana Santos, presidente do TJSP
Des. Telma Britto, presidente do TJBA
Outras Autoridades:
Antonio Rulli Junior, presidente do COPEDEM
Pedro Luiz Ricardo Gagliardi, diretor da EPM
Luiz Stefanini, coordenador da Escola da Magistratura Federal da 3ª Região
Nelson Calandra, ex-presidente da Apamagis
Nartir Dantas Weber, Presidenta da Associação dos Magistrados da Bahia
Vera Jucovski, magistrada e ambientalista famosa
Juízes Federais de Primeiro e de Segundo Graus
Desembargadores estaduais paulistas e baianos
Presidente do Simpósio: Des. Heraldo Oliveira Silva
Secretário Geral do Simpósio: Jornalista Luiz Maurício
IDÉIAS EXPOSTAS:
Observando que houve registro áudio-visual do evento pelo Jornal da Justiça, onde se poderá ter conhecimento amplo de tudo quanto foi ali tratado. Esse material será disponibilizado pela Escola Paulista da Magistratura assim que o tivermos em mãos.
Todavia, para evitar que o assunto “esfrie”, trago algumas pontuações mais significativas.
O Ministro Gilmar Mendes defende uma postura pro-ativa do magistrado, inserido na comunidade e indicando os caminhos que devem ser seguidos.
O Ministro Toffoli mostra que o excesso de cultura atrapalha a solução do conflito e que o juiz pode harmonizar as partes buscando a solução junto com elas.
O Ministro do STJ, Castro Meira, sugere mais conversa e menos formalismo, lembrando que a razão de ser do judiciário é a paz social e que, a solução judiciária, fria e dura, não harmoniza o relacionamento humano.
O Ministro Jorge Mussi, ex-presidente do TJ de Santa Catarina, relatou seus mutirões de conciliação, que obtinham 70% de conciliações, e não deixavam ressentimentos.
O Des. paulista Luiz Roberto Sabatto lembrou que na França e em outros países existem instâncias não judiciais, de sorte que os processos somente vêem ao judiciário se as partes recorrerem delas. Propõe uma desjurisdicialização e aventa com a mediação como condição da ação. Sugere ainda que sempre que houver um voto vencido na Câmara, os dois outros desembargadores passem a integrar a Turma Julgadora, instaurando-se, na hora, os embargos infringentes.
O Juiz João Agnaldo Donizeti Gandini, de Vara da Fazenda de Ribeirão Preto, enfatiza que o juiz deve ir à rua, buscar as soluções em massa.
O Des. Antonio Rulli Junior, ex-diretor da EPM e atual Presidente do Colégio Permanente de Diretores das Escolas Estaduais da Magistratura, COPEDEM, mostrou a importância de agilizar o andamento dos processos e para isso anunciou que a EPM está expandindo muito os cursos para funcionários o que a transforma numa escola de juízes e de funcionários do Poder Judiciário.
O Des. Viana Santos expôs as peculiaridades do Estado de São Paulo, com 19.000.000 de processos tramitando na primeira instância que dispõe de 1.900 juízes e 600.000 processos para 360 desembargadores, na segunda. Deve-se dar trato separado às execuções fiscais (metade do movimento), desenvolver a informática ainda incipiente e pedir à OAB que modernize a mentalidade dos advogados para que se possa expandir os fóruns virtuais, que já são três: Ouroeste (Fernandópolis), Guaratinguetá, e Freguesia do Ó, na capital.
São Paulo, 5/4/10
Pedro Gagliardi