EPM promove o seminário ‘Fortalecimento da rede de enfrentamento à violência doméstica e familiar contra a mulher’

Evento reuniu representantes de diversas instituições.

 

No último dia 25, foi realizado na EPM o seminário Fortalecimento da rede de enfrentamento à violência doméstica e familiar contra a mulher, sob a coordenação da desembargadora Angélica de Maria Mello de Almeida, coordenadora da Coordenadoria da Mulher em Situação de Violência Doméstica e Familiar do Poder Judiciário do Estado de São Paulo (Comesp) e da juíza Teresa Cristina Cabral Santana, integrante da Comesp.

 

O objetivo é fazer um mapeamento das instituições governamentais e civis que atuam ou que têm poder de atuação no enfrentamento da violência de gênero. Na oportunidade, representantes de 19 instituições expuseram o serviço que prestam, os critérios para acesso ao serviço e as dificuldades que enfrentam internamente e no encaminhamento para a rede de atendimento. As atividades tiveram a participação das facilitadoras Maria Cristina Pache Pechtoll e Luzia Arlete Góes Bento.

 

Ao abrir os trabalhos, Angélica de Almeida agradeceu a participação de todos e destacou os resultados da atuação no enfrentamento da violência doméstica, como a instalação de sete varas especializadas em violência doméstica na Capital e seis no interior do Estado, além de dez anexos e outros que estão por vir: “é uma conquista importante, fruto desse trabalho”. E ressaltou que o momento é de organizar esse trabalho e dar visibilidade à atividade de cada uma das instituições e aos serviços e equipamentos que se dedicam ao combate à violência de gênero e ao acolhimento das vítimas. “A expectativa com esse evento é obtermos propostas e soluções”, ressaltou.

 

Teresa Santana observou que o seminário é um desdobramento de iniciativas desenvolvidas em Santo André, a partir de uma audiência solicitada pela delegada da Delegacia de Defesa da Mulher de Santo André, Adrianne Mayer Bontempi, em razão do aumento da violência e de feminicídios na comarca, que resultou em uma reunião da rede para se entender porque a política pública não funcionava como deveria. “Todos nós que lidamos com a violência de gênero sabemos o quanto é importante a política pública e como a prevenção funciona nesse tipo de situação”, ponderou.

 

Para o encontro foram convidadas 42 instituições, provenientes de vários setores sociais. “Embora muitas entidades não tenham sido convidadas nesse primeiro momento em razão da impossibilidade de se ouvir todas durante o encontro, reconhecemos a importância de todas e esperamos fazer outras reuniões para elaborar um plano de ação abrangente para que os trabalhos da rede de atendimento possam evoluir e haja um entrosamento melhor”, ressaltou Teresa Santana.

 

Participaram do encontro magistrados, delegados de Polícia, representantes de secretarias estaduais e municipais, entidades não governamentais, professores, psicólogos, assistentes sociais e enfermeiros, entre outros profissionais. O evento também contou com a presença da assessora cultural do Consulado Geral dos Estados Unidos da América em São Paulo, Elisabete Massami Nishi, e da cônsul-geral do México em São Paulo, Gabriela Amneris Vega Zarazúa.

 

RF (texto e fotos)


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