Curso ‘Redação jurídica’ é encerrado com homenagem ao desembargador Alexandre Germano

Com dez aulas, curso foi realizado de maneira on-line.

Foi concluído ontem (3) o curso Redação Jurídica da EPM, ministrado pelos juízes Marcos Alexandre Bronzatto Pagan, Danielle Martins Cardoso e Luiz Antonio Alves Torrano, coordenadores do curso e da área de Redação e Prática Jurídica da Escola. Promovido de maneira on-line, o curso teve 768 inscritos. No encerramento, foi prestada homenagem ao desembargador Alexandre Moreira Germano, falecido em outubro do ano passado.

Na abertura, o diretor da EPM, desembargador José Maria Câmara Junior, agradeceu a participação de todos, em especial dos familiares do homenageado, e salientou o sucesso do curso e a intenção da Escola de promover novos cursos na área de Redação e Prática Jurídica: “queremos capacitar tanto o público interno quanto o externo. São todos agentes do sistema e uma petição bem elaborada facilita a compreensão, o debate no processo e o julgamento. Com isso, ganham nossa sociedade, nosso tribunal e principalmente a qualidade do serviço público”. Ele prestou homenagem ao desembargador Alexandre Germano, recordando sua carreira na magistratura e a realização de diversos cursos e palestras sobre redação jurídica e linguagem forense para magistrados, servidores e estagiários, bem como a sua atuação como coordenador do Museu do TJ e como colunista do boletim Paulistão e do informativo Interação/Magistratura da EPM. E concluiu com uma lição de Alexandre Germano: “a boa redação é elegante. Escrever com elegância significa escrever com gosto, com distinção”. Acrescentou que sempre serão preservados os atributos da coesão, coerência e objetividade.

A juíza Carla Themis Lagrotta Germano, filha do homenageado, agradeceu a homenagem prestada pela Escola e lembrou passagens da vida de Alexandre Germano, sua dedicação ao Tribunal de Justiça e à boa escrita e os trabalhos que deram origem ao seu último livro, Novas historinhas. “Em suas aulas, ele sempre dizia que qualquer pessoa é capaz de escrever e que não devemos nos preocupar quando estamos escrevendo, colocando a nossa ideia, se a palavra ou a concordância estão certas. O grande ensinamento dele foi ‘coloque no papel o que você quer e depois conserte’”, recordou, enfatizando que ele era uma pessoa extremamente carinhosa, mas não era muito de falar, preferia a escrita: “a caneta e o papel eram as suas ferramentas”.
 
A aula de encerramento foi proferida pelo juiz Marcos Pagan, que discorreu sobre a redação de atos processuais, peças jurídicas e técnicas de revisão de minutas. Ele agradeceu o apoio da direção da Escola e o comprometimento dos outros coordenadores e dos alunos e o trabalho dos funcionários e colaboradores para o sucesso do curso. “Talvez um grande ganho do nosso curso tenha sido fazer refletir sobre a escrita, para voltarmos a nos preocupar com o uso de determinadas expressões, fazer uma pesquisa antes de escrever. Cada um tem a liberdade de imprimir o seu próprio estilo, dentro das regras, e tentamos trazer diretrizes, parâmetros, sem que isso os intimide ou faça com que se sintam engessados, porque a expressão, a comunicação é um elemento social de máxima importância e temos que respeitar todos os níveis”, ressaltou.
 
Participaram também do evento os netos do homenageado Ana Lúcia Germano do Nascimento e Marcelo Germano Gomes da Silva e o genro, Antônio Eduardo Colturado.
 
MA (texto) / RF (fotos)


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