Inteligência policial e uso da tecnologia no combate à criminalidade são debatidos na EPM

Secretário dos Negócios da Segurança Pública foi o expositor.
 
A EPM promoveu na quinta-feira (11) a palestra Muralha eletrônica paulista – inovações tecnológicas e inteligência policial – o reflexo da ineficiência na fiscalização das penas e medidas alternativas à prisão no âmbito da segurança pública, com exposição do secretário de Estado dos Negócios da Segurança Pública de São Paulo, Guilherme Muraro Derrite. O evento teve 655 inscritos nas modalidades presencial e on-line e fez parte da programação do 11º curso de especialização em Direito Processual Penal da Escola.

A abertura dos trabalhos foi feita pelo desembargador Roberto Caruso Costabile e Solimene, conselheiro da EPM, representando o diretor, que salientou a alegria pela realização do evento e agradeceu a participação de todos, em especial do palestrante. Ele apresentou alguns dados sobre a Escola, destacando que em 2022 foram oferecidos 126 cursos, com mais de 22 mil alunos. “Se há uma coisa que nos une a todos nesta noite é o fato de que somos paulistas. Essa é a casa dos senhores e abraço a cada um em nome do nosso diretor”, ressaltou.

O desembargador José Damião Pinheiro Machado Cogan, coordenador do evento, lembrou que a segurança pública é um problema que atinge toda a população, especialmente diante do crescimento da criminalidade, falta de valores e desprestígio da autoridade. “O secretário veio trazer a valorização a todos aqueles que acham que é possível mudar, porque não importa que os moinhos de vento sejam imbatíveis, o importante é que existam dom quixotes e sua excelência é um Dom Quixote, ao procurar trazer novas ideias e mudar esse estado de confusão que vivemos”, frisou

O corregedor-geral da Justiça, desembargador Fernando Antonio Torres Garcia, representando o presidente do Tribunal de Justiça de São Paulo, cumprimentou o secretário Derrite pela gestão voltada à efetiva proteção à sociedade e salientou a preocupação do Judiciário paulista com a segurança pública e o compromisso com o cidadão. Asseverou também o reconhecimento e a gratidão do Tribunal pelo serviço prestado pelas polícias civil e militar: “tenham na magistratura de São Paulo verdadeiros parceiros. Contem sempre conosco”.

Guilherme Derrite ressaltou as premissas da gestão de enfrentar a desordem, os crimes interpessoais e patrimoniais e o crime organizado e de valorizar os policiais e as instituições. Enfatizou a importância da tecnologia e do compartilhamento de informações relacionadas à segurança pública e ao combate à criminalidade entre as polícias e outros órgãos do Governo. “Questões ideológicas têm que ser colocadas de lado. A segurança pública é suprapartidária”, frisou. Ele destacou ações contra os pancadões, sequestros-relâmpago para transferência de pix e prevenção de crimes no ambiente escolar e os acordos de cooperação firmados com o Poder Judiciário para disponibilização de tornozeleiras eletrônicas para monitoração de indivíduos colocados para responder em liberdade após a audiência de custódia, conforme determinação judicial, e para fiscalização do descumprimento de penas de prisão em regime aberto.
 
O palestrante discorreu também sobre a ampliação, por meio de convênios com mais de 300 municípios, da Muralha eletrônica paulista, sistema de cerco eletrônico viário, de monitoramento de veículos, que permite revelar se o veículo é furtado, roubado ou clonado ou se o condutor é foragido da Justiça. “Em quatro meses foram quase mil veículos recuperados e quase 90 pessoas presas”, salientou, agradecendo o trabalho dos policiais e a parceria do Judiciário e de outras instituições do sistema de Justiça.

 

Ao final, o secretário Derrite foi homenageado com uma placa de reconhecimento pelo trabalho e de agradecimento, entregue pelo desembargador Damião Cogan.

 
A mesa de honra também teve a presença do presidente da Seção de Direito Público, desembargador Wanderley José Federighi; do presidente da Seção de Direito Criminal, desembargador Francisco José Galvão Bruno; do coronel PM Miguel Elias Daffara, chefe da Assessoria Policial Militar do TJSP, representando o comandante-geral da Polícia Militar do estado; e do delegado-geral de Polícia Civil de São Paulo, Arthur José Dian.

Participaram também do evento o desembargador Luiz Antonio Cardoso, coordenador da Coordenadoria Criminal e de Execuções Criminais do TJSP; o secretário adjunto de Estado dos Negócios da Segurança Pública de São Paulo, Osvaldo Nico Gonçalves; os juízes Sulaiman Miguel Neto, Elaine Cristina Monteiro Cavalcante, coordenadora adjunta do 11º curso de especialização em Direito Processual Penal da EPM; Brenno Gimenes Cesca, Carlos Alberto Corrêa de Almeida Oliveira e Fernando Martinho de Barros Penteado, professores assistentes do curso; o delegado Cláudio Paganotto de Araújo, representando a Secretaria Executiva da Secretaria de Segurança Pública; o promotor de Justiça Arthur Pinto de Lemos Junior, secretário especial de Políticas Criminais e coordenador do Centro de Apoio Operacional Criminal do Ministério Público do estado de São Paulo, representando o procurador-geral de Justiça; os delegados Rosemeire Monteiro Ibanêz, corregedora-geral da Polícia Civil do estado de São Paulo; Ivalda Aleixo, diretora do Departamento Estadual de Homicídios e de Proteção à Pessoa da Polícia Civil; Caetano Paulo Filho, diretor do Departamento de Inteligência da Polícia Civil do estado de São Paulo; e Tiago Antonio Salvador, chefe da Assessoria Policial Civil do TJSP; o médico legista Claudinei Salomão, superintendente da Polícia Técnico-Científica do estado de São Paulo; e o major PM Luiz Eduardo Ulian Junqueira, do Comando de Policiamento Rodoviário da Polícia Militar do estado de São Paulo; entre outros magistrados, promotores de Justiça, policiais, delegados, servidores e outros profissionais.

MA (texto) / MB e MA (fotos)


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