EPM inicia nova edição do curso de formação de mediadores e conciliadores
Curso é realizado consoante a Resolução 125/10 do CNJ.
A EPM promoveu hoje (10) a aula inaugural do 12º Curso de formação de mediadores e conciliadores, com exposições dos desembargadores José Carlos Ferreira Alves, coordenador da área de Formas Alternativas de Solução de Conflitos da EPM e do curso, Silvia Rocha, coordenadora do Núcleo Permanente de Métodos Consensuais de Solução de Conflitos (Nupemec), e do juiz Ricardo Pereira Júnior, coordenador do curso. Realizado em conformidade com a Resolução nº 125/10 do Conselho Nacional de Justiça, o curso será ministrado presencialmente e on-line, com 578 matriculados na modalidade mediação e 79 matriculados na modalidade conciliação.
O desembargador José Carlos Ferreira Alves agradeceu ao diretor da EPM, desembargador Gilson Delgado Miranda, que participou de forma on-line, pelo apoio na área e falou sobre sua experiência na conciliação e na mediação. Ele afirmou que a Resolução nº 125/10 do CNJ, que instituiu a Política judiciária nacional de tratamento adequado dos conflitos de interesses, é a “constituição da conciliação e mediação”, por assegurar a todos o direito à solução dos conflitos. O expositor também elencou algumas das características que um mediador e conciliador precisa ter no atendimento a pessoas em conflitos: “educação, urbanidade, humildade, sensibilidade, usar uma linguagem simples e fácil, comprometimento, honestidade e ter coragem para agir com o coração”.
A desembargadora Silvia Rocha ressaltou que os métodos de solução de conflitos evoluíram nas últimas duas décadas e ganharam ainda mais notoriedade com um capítulo de destaque no Código de Processo Civil. Ela afirmou que a conciliação e a mediação fazem parte de uma política pública de acesso à Justiça que vai além do Direito de Família, atingindo também empresas preocupadas com o assunto. “No Nupemec temos o Programa Empresa amiga da Justiça, cujo selo é conferido a quem se propõe realizar o maior número de conciliações. Então, há um interesse de diversos atores da sociedade civil, como psicólogos, educadores, assistentes sociais e até de policiais”, frisou.
O juiz Ricardo Pereira Júnior falou sobre a dinâmica do curso e sobre o dia a dia de conciliadores e mediadores, por meio de exemplos práticos. Ele destacou que são as partes em conflito que criarão o caminho para o acordo e que o profissional destacado para mediar o litígio será o responsável por construir soluções para que todos saiam satisfeitos. “O trabalho do mediador é democratizar o acesso à Justiça. Ele constrói a Justiça sobre o que as próprias partes entendem como sendo justo e isso tem um poder maior de satisfação do que o instrumento de sentença ou acórdão”, afirmou.
RL (texto) / MB (fotos)