EPM inicia curso sobre dialética, retórica e sofística na argumentação jurídica

Régis Fernandes de Oliveira foi o expositor.

 

A EPM iniciou hoje (10) o curso Dialética, retórica e sofística: a argumentação jurídica como fazer persuasivo, com aula inaugural ministrada pelo professor Régis Fernandes de Oliveira. Serão cinco encontros, com 1.095 matriculados nas modalidades presencial e on-line, abrangendo em 157 comarcas e 18 estados.

 

Na abertura o desembargador Luiz Sergio Fernandes de Souza, coordenador do curso, agradeceu a presença de todos e salientou que a oratória desempenha papel essencial na tarefa de convencimento, especialmente diante de auditórios heterogêneos, nos quais é preciso despertar adesão sem gerar polêmicas desnecessárias.

 

Régis de Oliveira fez uma exposição sobre o tema “Retórica grega e oratória dos romanos: o legado dos antigos”. Ele resgatou a figura de Sócrates como referência inicial da retórica, enfatizando sua preocupação com a verdade e a busca do diálogo. Fez apontamentos dos livros de Platão Górgias, Protágoras e Fedro e explicou as diferenças entre dialética, erística e sofística, ressaltando que a erística se centrava na disputa de ideias, enquanto a retórica tinha como finalidade o convencimento. Em relação os sofistas, explicou que eram mestres do ensino e da técnica. Ao comentar Aristóteles, lembrou que a retórica era entendida como uma técnica argumentativa, voltada à persuasão em diferentes contextos sociais.

 

Na sequência, o expositor abordou a oratória romana a partir das obras de Cícero e Brutus, mencionando também a contribuição de Quintiliano e Tácito. Destacou que os discursos romanos, além de jurídicos, tinham forte dimensão política e social, sendo usados como instrumento de atuação pública. Ao final, reforçou a importância da oratória como ferramenta essencial da vida forense. “O bom orador é aquele que fala a partir do conhecimento e da sensibilidade, capaz de convencer não apenas pela lógica, mas também pela emoção”.

 

RL (texto) / MB (fotos)


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