Cuidados e sentidos na aposentadoria são debatidos em palestras do PPA Novos Tempos na EPM
Marcos Morillo e Fernanda Dutra foram os expositores.
O Tribunal de Justiça de São Paulo promoveu hoje (16) na EPM um ciclo de palestras do Programa de Preparação à Aposentadoria (PPA) ‘Novos tempos’. As exposições foram ministradas pelo médico judiciário Marcos Galan Morillo, que falou sobre “Envelhecimento: desafios, limites e possibilidades”, e pela professora Fernanda Dutra, que apresentou o tema “Resetando crises: entendendo a mente, acolhendo emoções e encontrando equilíbrio em tempos de crise”.
A abertura foi conduzida pela desembargadora Maria de Lourdes Lopez Gil Cimino, coordenadora do PPA, que agradeceu a participação de todos, em especial dos expositores. A mesa de trabalhos também foi composta pelo desembargador Pedro Cauby Pires de Araújo, integrante da comissão do programa.
Na primeira exposição, Marcos Morillo destacou dados demográficos e recomendações práticas. Ele trouxe números do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) demonstrando que a expectativa de vida do brasileiro passou de cerca de 45 anos em 1940 para 76,4 anos atualmente. Morillo enfatizou temas centrais da geriatria como senescência, fragilidade, capacidade funcional, prevenção e qualidade de vida. Ele defendeu a ideia das “janelas de prevenção”, intervenções em fases específicas da vida e ações contínuas para postergar doenças degenerativas, como exercício físico regular, controle de diabetes, vida social ativa e estímulo cognitivo por meio de aprendizados inéditos.
Fernanda Dutra relacionou o ritmo acelerado da vida moderna, com excesso de estímulos, sensação constante de urgência e ilusão de conexão pelas redes, ao aumento da ansiedade. A professora apontou a necessidade de “costurar” a razão e a emoção para envelhecer bem. Ela ressaltou também a importância de relações sociais reais e incentivou pequenas mudanças concretas no dia a dia. “É preciso testar novas rotinas, valorizar-se e buscar experiências inéditas que mantenham o cérebro ativo e a vida com sentido”, concluiu.
RL (texto) / MB (fotos)