Laboratório de Inovação do TJSP e design thinking são discutidos no encerramento do curso ‘Introdução à inovação no Poder Judiciário’

Gisele Fessore trouxe experiências da Justiça Federal.

Com debates sobre o tema “Experiência da inovação no TJSP: apresentação do Laboratório de Inovação do TJSP” e uma oficina de introdução ao design thinking e suas ferramentas, foi concluído na quinta-feira (7) o curso Introdução à inovação no Poder Judiciário. Participaram como expositores os juízes Carlos Alexandre Böttcher, coordenador do curso; e José Augusto Genofre Martins, assessor da Presidência do TJSP na área de Planejamento e gestão; e a diretora da Subsecretaria de Comunicação, Conhecimento e Inovação da Justiça Federal de São Paulo, Gisele Molinari Fessore. 

Na abertura dos trabalhos, o diretor da EPM, desembargador Luis Francisco Aguilar Cortez, agradeceu a participação de todos, em especial dos expositores, e destacou a preocupação do TJSP com a inovação. “A Escola é um meio de viabilizar essa preocupação com a inovação. É importante deixarmos de simplesmente fazer a automação e criarmos algo mais eficiente em termos de prestação de serviço público e de atender as expectativas da sociedade em relação às nossas atividades”, salientou. 

Iniciando as exposições, o juiz Carlos Böttcher recordou o histórico de criação do Laboratório de Inovação do TJSP, desde julho de 2018 até a inauguração em 17 de dezembro de 2019. “Nosso maior desafio é trabalhar na horizontalidade no ambiente do laboratório, de maneira colaborativa, criativa e reflexiva. Temos de nos despir de roupagens jurisdicionais e nos colocar numa situação de igualdade. Em um laboratório podemos ter todos os atores da instituição, desembargador, juiz, secretário, escrevente, escrevente-chefe e oficial de Justiça discutindo num mesmo plano. É preciso romper a hierarquia para trabalharmos as questões de maneira criativa”, salientou. 

A seguir, o juiz José Augusto Genofre Martins expôs a experiência do TJSP com a inovação, o trabalho desenvolvido e o que se espera para o futuro do Laboratório de Inovação. Ele destacou a reformulação da portaria que regulamenta o fluxo de atividades do Laboratório, a agenda para novos temas, a capacitação de laboratoristas e a consolidação do setor como importante mecanismo para inovar. “Se conseguirmos imaginar um ambiente de absoluta liberdade de pensar, de falar e de construir, imaginaremos o Laboratório. Pretendemos consolidá-lo como uma importante ferramenta para a tomada de decisões”, ressaltou. 

Por fim, Gisele Fessore explanou sobre o design thinking e suas ferramentas. Ela observou que as pessoas estão envolvidas em suas rotinas e não percebem o contexto, as modificações que acontecem ao seu redor. “É importante entender o contexto porque a inovação não é uma moda. É um movimento mundial impulsionado pela ‘Revolução 4.0’. As grandes mudanças impulsionadas pelas tecnologias, invenções e mudanças dos meios de produção levaram a alterações significativas na sociedade, no modo de vida e na economia”, frisou. 

Ela esclareceu que a ‘Sociedade 5.0’, conceito criado pelo governo japonês, tem por objetivo colocar a tecnologia a serviço do bem-estar. “A inovação, a tecnologia, as mudanças estão em curso. O futuro é agora! E o Judiciário se insere nesse contexto porque, para realizarmos melhor as nossas atividades, temos de nos adequar ao novo cenário”, ressaltou.
 
A expositora explicou que o conceito do laboratório é um espaço para criar, propor e experimentar, no qual se buscam novas formas de gerar valor público, modernizar a relação com a sociedade e agregar canais de participação e colaboração. E apontou como objetivos desenvolver soluções para problemas complexos com a utilização de metodologias e abordagens de inovação; disseminar a cultura de inovação na instituição e para outros órgãos; servir de hub de inovação conectando setor público, academia, empresas, terceiro setor para iniciativas conjuntas, parcerias e convênios; gerar inovação em gestão, tecnologias e outras áreas; e promover capacitação em metodologias colaborativas.

Gisele Fessore destacou também os valores da horizontalidade, experimentação, estímulo às novas ideias, colaboração e cocriação. Explanou sobre as metodologias, técnicas e ferramentas do design thinking e compartilhou experiências de quatro anos da implantação do Laboratório de inovação da Justiça Federal em São Paulo (IJuspLab).

Participaram também do evento os juízes Daniel Ribeiro de Paula e Fernando Antonio Tasso, também coordenadores do curso; a diretora de Planejamento Estratégico do TJSP, Carmen Giadans Corbillon; e o diretor do Núcleo de Biblioteca do TRF da 3ª Região, Luiz Guilherme Martins, entre outros magistrados e servidores.

RF (texto) / Reprodução (imagem)


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