EPM realiza nova edição do curso de Comunicação não violenta

Programação tem atividades práticas e dinâmicas de grupo.

 

Teve início hoje (7) na EPM a terceira edição do curso Comunicação não violenta, ministrado pelo professor Silvio de Melo Barros. Entre os objetivos está o aprimoramento das habilidades de escuta profunda e expressão assertiva que promovam entendimento mútuo, além da conexão dos conteúdos estudados com os princípios e valores da Justiça Restaurativa.

 

A abertura foi realizada pelo juiz Egberto de Almeida Penido, coordenador da área de Justiça Restaurativa da EPM e coordenador adjunto do curso. Ele fez uma breve introdução sobre a visão do psicólogo Marshall Rosenberg, que desenvolveu a Comunicação não violenta (CNV) para resolver conflitos. “A cultura de paz tem um caráter transcendente e o desafio é sustentar essa conexão com os outros”, afirmou, explicando que não há uma receita de bolo para os ensinamentos da CNV. “Os facilitadores que atuam estão transmitindo conhecimento, mas é preciso trabalhar diariamente o autoconhecimento”, finalizou.

 

Silvio Barros fez uma explanação sobre o trabalho do médico búlgaro Gabor Maté, especialista em traumas e seus potenciais impactos ao longo da vida. “Gabor Maté fala dos traumas com “t” minúsculo, que carregamos na vida inteira. Ele foca o trabalho nas necessidades do ser humano, que tem tudo a ver com a CNV”, disse, salientando que o médico elenca duas grandes necessidades ao nascer: autenticidade e pertencimento.

 

O palestrante observou que um bebê é radicalmente autêntico porque não vê problema algum em falar não. Mas, quando o ser humano se torna adulto, ele deixa um pouco de lado a autenticidade para pertencer a um determinado grupo. “A pessoa abdica de convicções pessoais para pertencer. Vamos negociando a nossa autenticidade para se adequar às convenções sociais. Parte deste curso é entender que o nosso trabalho começa de dentro para fora”, disse.

 

O curso terá mais seis encontros, em que serão abordados temas como patriarcado e a cultura de dominação, sentimentos x pseudo sentimentos, desenvolvimento da autoempatia e de musculatura empática para atuar em ambientes “hostis”, entre outros.

 

RL (texto) / MB (fotos)


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