Envelhecimento e etarismo são discutidos no PPA ‘Novos tempos’
Marcia Modesto foi a expositora.
O Tribunal de Justiça de São Paulo promoveu na sexta-feira (31) na EPM nova palestra do Programa de Preparação à Aposentadoria (PPA) ‘Novos tempos’, com o tema “Envelhecer não é erro; o etarismo, sim!”. A exposição foi feita pela psicóloga e psicanalista Marcia Modesto.
Na abertura, a desembargadora Maria de Lourdes Lopez Gil Cimino, coordenadora do PPA, agradeceu a participação de todos, em especial da expositora. A mesa de trabalhos também foi composta pelo desembargador Pedro Cauby Pires de Araújo, integrante da comissão do programa.
Marcia Modesto explicou inicialmente que o etarismo não está necessariamente relacionado ao envelhecimento. “Etarismo é qualquer discriminação em relação à idade. Um jovem pode sofrer esse preconceito por ser considerado jovem demais, assim como uma pessoa idosa por ser considerada velha demais”, observou, lembrando que o etarismo está enraizado e deve ser combatido, porque limita as oportunidades e sonhos das pessoas.
Ela lembrou que o envelhecimento faz parte do ciclo de evolução humana e que é um privilégio completar esse ciclo. “O envelhecimento não é um momento para se isolar, parar ou desistir e sim para se reinventar”, frisou, destacando a importância da “bagagem” construída no decorrer da vida, que deve ser consultada e compartilhada. E citou três mitos relacionados à idade: envelhecer é sinônimo de incapacidade para trabalhar e aprender, a idade reduz a autonomia e a participação cívica e a presença de pessoas mais velhas atrapalha a inovação. “Nossa função social é fazer com que esses mitos desapareçam. A diversidade etária enriquece as decisões e misturar jovens e idosos no trabalho é uma solução, porque envelhecer é um recurso para o serviço público”, concluiu.
MA (texto) / MB (fotos)