Maturidade e inteligência emocional são temas de palestras do PPA ‘Novos tempos’

Luciene Lamy e Alexandre Elias Pedro foram os expositores.

 

O Tribunal de Justiça de São Paulo promoveu nos dias 7 e 14 de novembro duas palestras do Programa de Preparação à Aposentadoria (PPA) ‘Novos tempos’, sobre maturidade e inteligência emocional. Os eventos foram realizados na Escola Paulista da Magistratura (EPM) e transmitidos para magistrados e servidores.

 

No dia 7, o evento foi aberto pela desembargadora Maria de Lourdes Lopez Gil Cimino, coordenadora do PPA, que agradeceu a participação de todos, em especial da expositora, a professora Luciene Felix Lamy. A mesa de trabalhos foi composta também pelo desembargador Pedro Cauby Pires de Araújo, integrante da comissão do programa.

 

Docente de Mitologia Greco-Romana, Luciene Lamy discorreu sobre o tema “Maturidade modo de usar”. Ela falou sobre as noções de tempo e de idoso, o processo de envelhecimento, os ciclos da natureza, ilustrando a exposição com descrições de personagens mitológicos como Cronos, o deus do tempo na mitologia grega. Mencionou as crises vividas na adolescência, como as alterações hormonais, expectativas familiares, escolha da carreira e início da vida afetiva, e da “gerontolescência”, quando também é preciso lidar com a aposentadoria e possíveis perdas na vida afetiva, fase em que a pessoa já não tem o mesmo vigor físico, mas acumula sabedoria e experiência. Por fim,

Analisou a questão da maturidade sob os aspectos biológico, psíquico, econômico e afetivo/socia, com sugestões para vivenciar melhor essa fase, como, como o aprendizado de novos saberes, como idiomas e tecnologia, viagens, filantropia e religiosidade.  “O tempo é o que mais muda a gente e agora estamos livres”, frisou.

 

Na sexta-feira (14), o terapeuta Alexandre Elias Pedro falou sobre inteligência emocional, frisando que ela tem como base o amor-próprio, que ajuda a estabelecer os próprios limites. Ele destacou a dificuldade para lidar com as emoções, lembrando que elas nascem a partir de comportamentos e situações e podem assumir o controle quando ocorre um “gatilho emocional”, como uma rejeição, que origina padrões. Explicou que esses padrões podem ser projetados nos relacionamentos e apresentar reflexos físicos, como enxaqueca, fibromialgia e dores crônicas; emocionais, como depressão, ansiedade e fobias; e comportamentais, como vícios, pessimismo e agressividade. “Quando temos esses caminhos neurais, buscamos eventos para ratificar esse sentimento”, salientou, enfatizando a importância de analisar os próprios gatilhos e emoções. “Quanto mais consciência temos sobre nossos padrões, mais capacidade temos para ressignificá-los, tratá-los e curá-los. Não somos imutáveis e com autoconhecimento, podemos nos lapidar para o que desejamos ter e ser”, concluiu.

 

MA (texto) / MB (fotos)


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