Juízes substitutos participam de ciclo de palestras sobre imprensa e relações institucionais

No dia 29 de novembro, foi realizado, na EPM, o ciclo de palestras “Imprensa e relações institucionais”. O evento fez parte da programação do Curso de Iniciação Funcional para os juízes substitutos aprovados no 183º Concurso de Ingresso e teve a participação do juiz assessor da Presidência Marcos de Lima Porta, também coordenador do curso da EPM. 

O secretário estadual do Planejamento, Julio Francisco Semeghini Neto, fez a exposição de abertura, que contou com a participação do diretor da EPM, desembargador Armando Sérgio Prado de Toledo.  

O secretário apresentou um panorama das várias áreas de atuação do Governo do Estado, mostrando a evolução dos investimentos em cada setor e principais projetos da administração. “Temos muitos desafios, mas o importante é avançarmos na nossa capacidade de gestão pública e na interação com os poderes Legislativo e Judiciário”, frisou, citando iniciativas conjuntas com o Tribunal de Justiça: “O processo de informatização da execução fiscal foi uma iniciativa do Judiciário e pode representar uma arrecadação de alguns bilhões de reais para o Estado, que será investida, em parte, no Judiciário”, ressaltou, destacando, também, a economia de recursos com a realização de audiências por videoconferência.  

O diretor da EPM agradeceu a participação do secretário e saudou a parceria entre o Judiciário com o Governo no enfrentamento dos desafios do Estado. “A presença do secretário nos dá uma boa ideia da amplitude da atuação e das obrigações do Governo Estadual”, ressaltou, destacando que o mesmo gigantismo se aplica ao Judiciário paulista. “Apenas no Fórum João Mendes cabe toda a justiça de 1ª e 2ª instâncias de quatro estados”, observou, frisando que é fundamental utilizar ao máximo a tecnologia, os recursos e a inteligência administrativa: “Precisamos sempre fazer o máximo com o mínimo que temos”, concluiu. 

Na sequência, o desembargador José Roberto Neves Amorim, conselheiro do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), explicou a atuação do Conselho, salientando que, antes de sua criação, em 2005, o Judiciário nacional não possuía uma política pública de justiça: “Havia 90 Tribunais, cada um com um direcionamento e política, e não havia um órgão centralizador para trazer a unidade de procedimentos que exige a Constituição, ao estabelecer que o Judiciário é uno”. Ele ponderou, ainda, que o controle do CNJ não é “externo”, como é dito, porque a maioria de seus integrantes tem origem no próprio Judiciário. “É um órgão que veio para dar uma destinação, um gerenciamento e um mote ao Judiciário”, frisou. 

Encerrando o evento, o juiz Antonio Augusto Galvão de França Hristov e a diretora de Comunicação Social do Tribunal de Justiça, Rosangela Sanches, discorreram sobre as relações entre o Judiciário e a imprensa.


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