Juízes recebem treinamento na EPM sobre o relacionamento com a mídia e segurança pessoal

No dia 15 de abril, os 23 juízes substitutos aprovados no 183º Concurso de Ingresso na Magistratura participaram de atividades teóricas e práticas sobre o relacionamento com a imprensa e de palestras sobre segurança pessoal na EPM. 

O evento fez parte da programação do Curso de Formação Inicial para os juízes substitutos aprovados no 183º Concurso de Ingresso e teve a participação dos juízes Carlos Fonseca Monnerat e Marcos de Lima Porta, assessor da Presidência do Tribunal de Justiça, ambos coordenadores do Curso. 

Na parte da manhã, os juízes participaram de um treinamento de mídia, que consistiu de palestras e entrevistas simuladas para televisão, aplicadas pelos consultores Deborah Jacob, Luciano Ayres e Sheila Magri. Foi a primeira vez que a Escola realizou atividades práticas de preparação dos magistrados para o relacionamento com a imprensa. 

Na parte da tarde, durante a avaliação da dinâmica, foi enfatizada a importância dos cuidados com a postura do magistrado e o linguajar, bem com detalhes, como o vestuário, e, sobretudo, do treinamento: “Com o preparo, o juiz poderá estabelecer um diálogo com o jornalista e aproveitar a oportunidade da entrevista para esclarecer as pessoas”, observou Sheila Magri. 

O juiz Carlos Monnerat agradeceu e parabenizou os profissionais responsáveis pelo treinamento de mídia: “Esse será o primeiro de uma série de atividades, que deverão ser mais longos e voltados às necessidades de cada região do Estado”. 

O Judiciário e a imprensa 

Na sequência, a juíza Carolina Nabarro Munhoz Rossi, coordenadora da área de Mídia da EPM, proferiu palestra, discorrendo sobre a organização e o funcionamento dos veículos de comunicação, responsabilidade de cada profissional e relacionamento com o Judiciário. Ela frisou que o magistrado deve manter uma relação de respeito com o jornalista e aproveitar a abertura propiciada pela imprensa para prestar um serviço para o cidadão, preparando-se para atuar como protagonista e não apenas como interlocutor da informação: “Quem pode fornecer a melhor informação sobre o que acontece no Judiciário é o juiz e ele pode fazê-lo sem dar opinião sobre processos, mas explicando procedimentos”, ressaltou, lembrando, porém, que ele não pode se esquecer de que é “juiz 24 horas”. 

A diretora de Comunicação Social do Tribunal de Justiça, Rosangela Sanches, falou, a seguir, sobre questões relacionadas ao interesse público do direito à informação, liberdade de imprensa e responsabilidade ética, entre outras. Ela explicou a atuação do setor de Comunicação Social do TJSP, citando algumas situações vivenciadas pelos juízes no contato com a imprensa, além de casos de maior repercussão, como o julgamento do casal Nardoni. Por fim, lembrou que o setor está à disposição de todos os magistrados do Estado e destacou a importância da transparência e da divulgação das boas práticas do Judiciário: “Nosso trabalho é um desafio, mas fazemos com muito gosto, porque o Judiciário só tem a ganhar mostrando ‘sua cara’, que é uma cara boa, porque seus integrantes são profissionais de primeira linha”, concluiu. 

Segurança pessoal dos magistrados 

Encerrando as atividades do dia, foi debatida a questão da segurança pessoal dos magistrados, com a participação do desembargador Waldir Sebastião de Nuevo Campos Júnior, presidente da Comissão de Segurança Pessoal e de Defesa das Prerrogativas dos Magistrados do TJSP; do chefe da assessoria policial militar do TJSP, coronel PM Renato Cerqueira Campos; e do chefe da assessoria policial civil do TJSP, delegado Fabio Augusto Pinto. 

Na oportunidade, foi apresentada a atuação da Comissão e citados alguns dos cuidados preconizados pelo Tribunal de Justiça para a segurança pessoal dos magistrados, além das medidas de avaliação de situações de risco e ações preventivas ou reativas de proteção. 

O desembargador Nuevo Campos salientou que a Comissão está à disposição dos magistrados, inclusive para orientações, e solicitou que entrem em contato o mais rapidamente possível quando acharem necessário. “O maior patrimônio do juiz é a isenção, a segurança e a independência para exercer a jurisdição e a Comissão tem a missão de garantir a estabilidade mínima para que os magistrados tenham tranquilidade para exercê-la, sem qualquer tipo de distorção, dando suporte, mesmo a distância”, concluiu.


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