Ex-diretor da EPM lança a obra “Superfície à Luz do Código Civil e do Estatuto da Cidade”
O desembargador Marcus Vinicius dos Santos Andrade (foto), ex-diretor da Escola Paulista da Magistratura, é o autor da recém-lançada obra “Superfície à Luz do Código Civil e do Estatuto da Cidade”, que integra a coleção “Biblioteca de Estudos em Homenagem ao Professor Arruda Alvim”.
O livro é fruto da tese de doutorado defendida pelo desembargador na Pontifícia Universidade Católica (PUC-SP), em junho de 2008. Intitulada “Superfície”, a tese foi orientada pelo professor José Manuel de Arruda Alvim Netto.
Entre os tópicos analisados, estão questões ambientais relativas ao solo e indagações acerca da revogação ou não do “Estatuto das Cidades”, de 2001, pelo Novo Código Civil, de 2002. Confira, abaixo, o sumário da obra:
Parte I - FENOMENOLOGIA
1 - COISA IMÓVEL: DESMEMBRAMENTO FÍSICO E JURÍDICO
1.1 Coisa e seu significado; imóvel e propriedade; a dissociação da propriedade; abstração e materialidade.
1.2 A extração de valores diferentes em diversos planos de um imóvel; art.1.229, do Código Civil de 2002
1.3 A utilização autônoma do solo, do subsolo, da superfície, do espaço aéreo
Parte II - DESENVOLVIMENTO
2 - SUPERFÍCIE: HISTÓRICO E EVOLUÇÃO DO PENSAMENTO JURÍDICO
2.1 Direito romano
2.2 Direito germânico
2.3 Alta e baixa idade média; sistema feudal de propriedade
2.4 Do período medieval ao contemporâneo
3 - A SUPERFÍCIE EM PORTUGAL E NO BRASIL: NA COLÔNIA, NO IMPÉRIO E NOS PRIMEIROS ANOS DA REPÚBLI CA ATÉ 1916
3.1 Direito de superfície em Portugal
3.2 A vigência no Brasil colônia e após a independência: a proibição do instituto
3.3 A restauração bloqueada
3.4 O anteprojeto elaborado por Orlando Gomes
3.5 O anteprojeto do Código Civil
3.6 A construção do Estatuto da Cidade
Parte III - DOS ORDENAMENTOS
4 - ELEMENTOS LEGISLATIVOS DE COMPARAÇÃO
4.1 Disciplina legal estrangeira
4.1.1 Direito francês
4.1.2 Direito alemão
4.1.3 Direito português
4.1.4 Direito italiano
4.1.5 Direito austríaco
4.1.6 Direito Civil de Quebec, Canadá
4.1.7 Direito belga
4.1.8 Direito espanhol
4.1.9 Direito suíço
4.1.10 Direito argentino
4.1.11 Common law
4.2 Apreciação das diferentes legislações sobre direito de superfície
5 - DIREITO DE SUPERFÍCIE NO BRASIL
5.1 O direito real de superfície na Lei 10.257, de 2001
5.2 O Código Civil de 2002
5.3 Confronto normativo
5.4 Divergências legislativas
Parte IV - DIREITO POSITIVO BRASILEIRO
6 - SUPERFÍCIE: DIREITOS REAIS, PLENOS E LIMITADOS
6.1 Direitos reais
6.2 Propriedade: unitariedade e desmembramento no direito brasileiro
6.3 Direitos reais sobre coisa alheia
6.3.1 Servidão
6.3.2 Usufruto de imóveis
6.3.3 Uso e habitação
6.3.4 Direito do promitente comprador (arts. 1.417/1.418)
6.3.5 Enfiteuse
6.3.6 Concessão de uso especial para fins de moradia
6.3.7 Concessão de direito real de uso
6.4 Direitos reais de garantia
6.4.1 Hipoteca
6.4.1.1 A hipoteca da propriedade superficiária
6.4.2 Anticrese
6.4.2.1 A superfície na anticrese
6.4.3 Alienação fiduciária de imóvel
6.4.4 Penhor rural
7 - OBJETO DO DIREITO DE SUPERFÍCIE
7.1 Construção e plantação
7.1.1 Construção
7.1.2 Plantação
7.2 Construir (plantar) ou manter o que está feito
7.3 Construção ou plantação; construção e plantação
7.4 Solo e subsolo
8 - ESTRUTURA DO DIREITO REAL DE SUPERFÍCIE
8.1 Confronto com os demais direitos reais
8.2 Conceito e natureza jurídica
9 - MODOS DE CONSTITUIÇÃO DO DIREITO REAL DE SUPERFÍCIE
9.1 Concessão de uso para construir ou plantar:
9.2 Construção ou plantação: constituição do direito de superfície por cisão
9.3 Sucessão testamentária
9.4 Registro e averbação do título
9.5 Usucapião
9.6 Relações obrigacionais não constitutivas do direito real de superfície
9.6.1 Locação e comodato
9.6.1.1 Locação
9.6.1.2 Comodato
9.6.2 Arrendamento rural
9.6.3 Parceria agrícola
10 - CONTRATO DE CONCESSÃO
10.1 Conteúdo do contrato de concessão
10.2 Sujeitos da relação jurídico-material
10.2.1 O proprietário do solo e o superficiário
10.2.2 O superficiário e a coisa objeto da superfície
10.3 O tempo contratual
10.4 Contrato gratuito e oneroso
10.5 Encargos ou tributos
10.6 Cláusulas contratuais: aplicação cogente e dispositiva
11 - CIRCULAÇÃO DAS PROPRIEDADES: SUPERFICIÁRIA E DO SOLO
11.1 Compra e venda
11.2 Outras formas de transmissão do direito real de superfície e respectivos conteúdos
11.3 Sucessão testamentária e legítima
11.4 A preempção ou preferência
12 - EXTINÇÃO DO DIREITO REAL DE SUPERFÍCIE
12.1 Causas internas
12.1.1 Termo contratual
12.1.2 Destinação diversa daquela prevista no contrato
12.1.3 Descumprimento das obrigações avençadas
12.2 Causas externas
12.2.1 Desapropriação
12.2.2 Outras causas
12.2.2.1 Renúncia
12.2.2.2 Confusão
12.2.2.3 Distrato
12.2.2.4 Perecimento do solo ou do objeto do direito real de superfície
12.2.2.5 Decadência e prescrição
12.3 Recepção, recuperação, consolidação
13 - TUTELA DA SUPERFÍCIE
13.1 Ação reivindicatória
13.2 Outras ações reais (direito de vizinhança e entre propriedades contíguas): confessória; negatória; divisão e demarcação de terras; nunciação de obra nova; ação de dano infecto
13.3 Possessórias: manutenção, reintegração e interdito proibitório
13.4 Ações registrárias: invalidade e cancelamento do registro; retificação de área
13.5 Outras ações
13.5.1 Imissão na posse
13.5.2 Usucapião
13.5.3 Embargos de terceiro
13.5.4 Ação declaratória
13.5.5 Mandado de segurança
13.6 Processo e medidas cautelares; antecipação da tutela
13.7 A tutela do solo
13.8 Procedimentos
Parte V - TÉCNICA E FUNÇÃO
14 - A SUPERFÍCIE URBANA
15 - A SUPERFÍCIE RURAL
16 - A FUNÇÃO SOCIAL DA PROPRIEDADE E DO DIREITO REAL DE SUPERFÍCIE
CONCLUSÃO