Profissionais de saúde participam de palestra sobre promoção de saúde e prevenção de doenças na EPM

A Secretaria da Área da Saúde (SAS) do Tribunal de Justiça de São Paulo realizou ontem (17), na EPM, a palestra Conceitos atuais das práticas de promoção de saúde e prevenção de doenças, para médicos, dentistas, enfermeiros e auxiliares de saúde do TJSP. A palestra foi ministrada pelo médico Rodrigo Diaz Olmos, professor do Departamento de Clínica Médica e do curso de pós-graduação em Promoção de Saúde da FMUSP da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo.

 

No início de sua exposição, Rodrigo Diaz Olmos exemplificou a evolução de conceitos na área com a própria definição de saúde, antes considerada "ausência de doenças". Ele recordou o conceito da Organização Mundial de Saúde (OMS), de 1948, "estado de completo bem estar físico, mental e social", ponderando que, apesar de mais abrangente, também é considerado obsoleto por representar algo praticamente inatingível e irreal. “Talvez uma conceituação mais completa seja pensar a saúde como uma escala de bem-estar, variável no tempo e no espaço, na qual se integram fatores bio-psico-sociais-ambientais. Os profissionais de saúde e as pessoas têm uma fixação nos fatores biológicos, em relação à saúde, mas é necessária uma integração desses fatores, chamados ‘determinantes de saúde e doença’, para que alguém possa se sentir saudável”, ressaltou.

 

A palestra teve a participação do coordenador de Promoção à Saúde da SAS, Marcelo Angotti, que salientou a relevância do evento, em razão da quantidade e da importância das mudanças dos conceitos e paradigmas relacionados ao tema ocorridas nos últimos anos. Como exemplo, citou a criação, em 1998, de um novo conceito de prevenção (“Prevenção Quaternária”), além dos três níveis até então considerados – prevenção antes das doenças se instalarem, diagnóstico e tratamentos precoces e reabilitação do indivíduo). A “Prevenção Quaternária” designa as ações que visam evitar o excesso de exames em pessoas saudáveis, bem como o excesso de tratamentos e a medicalização da saúde. “Saúde é estar bem e sentir-se bem em nosso meio ambiente, dentro das limitações das condições humanas de nosso corpo, mente e sociedade”, frisou.

ES (fotos)


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