Com a análise das principais funcionalidades, questões práticas, e de como lidar com as filas de trabalho no processo digital, foi encerrado hoje (6) o II Curso de metodologia e praticidade em gabinetes – Direito Criminal da EPM, no auditório do Gade 9 de Julho. A aula foi ministrada pelo desembargador Otávio Augusto de Almeida Toledo, coordenador da Coordenadoria Criminal do TJSP, e contou com a participação do coordenador do curso e da área de Execuções Penais da EPM, desembargador Fernando Antonio Torres Garcia.

 

Otávio Toledo discorreu sobre a organização do trabalho em  gabinete, o preparo dos escreventes e assistentes, a divisão de tarefas e o rodízio em sua realização como garantia da continuidade do trabalho, o estabelecimento das prioridades processuais. “O material humano, indiscutivelmente, é o mais importante, e o quadro de funcionários do Tribunal é muito bom. O assistente e o escrevente devem estar sempre atualizados, procurar qualificar-se e interessar-se pelo trabalho, porque esse investimento pessoal só pode trazer benefícios, inclusive a ascensão profissional”, observou.

 

Entre os temas tratados ao longo do curso, no contexto da modernização do Judiciário brasileiro, foram estudados os esforços desenvolvidos para implantação do processo digital, os custos, o SAJ como ferramenta de trabalho, os impactos e os benefícios atuais e futuros no âmbito do Judiciário paulista.

 

Ao final da exposição, Fernando Torres Garcia recordou a aula inaugural do curso, proferida pelo presidente Nalini, quando afirmou a irreversibilidade da digitalização dos autos, inclusive dos inquéritos policiais em ações penais instauradas, com previsão de conclusão até o final deste ano. “Esse curso foi pensado a partir do dinamismo da EPM, capitaneada pelo desembargador Fernando Antonio Maia da Cunha, buscando agilizar os trabalhos em gabinete, de maneira que, preservada evidentemente a autonomia de cada desembargador, a gente pudesse colaborar no fluxo dos processos. Tenho certeza de que o curso atingiu seu objetivo, pois vários funcionários têm nos procurado e dito que vieram à baila práticas inimagináveis, que estavam sendo úteis no dia a dia. Isso demonstra que não podemos viver isoladamente. Temos que compartilhar tanto os momentos positivos quanto os negativos, para que outro colega não enfrente o mesmo obstáculo”, asseverou.

 

ES (texto e fotos)