EJUS inicia curso de aprofundamento de questões relacionadas aos adolescentes em conflito com a lei

A Escola Judicial dos Servidores (EJUS), em parceria com a EPM e a Coordenadoria da Infância e Juventude do TJSP, iniciou hoje (4), o Curso de aprofundamento de questões relacionadas aos adolescentes em conflito com a lei, no prédio da Consolação.

 

Com três aulas, o curso é dirigido a profissionais do Serviço Social e de Psicologia das varas especiais e da Infância e Juventude, e tem por objetivo  aprofundar temas afetos ao cotidiano dos profissionais do Judiciário que atendem adolescentes em conflito com a lei. Participam 451 alunos presenciais e a distância.

 

A aula inicial, “Drogas e a interface com a Justiça, direitos humanos e descriminalização", foi ministrada pela psicóloga e psicanalista Adriana Simões Marino, e contou com a participação do juiz assessor da Corregedoria Geral da Justiça Paulo Roberto Fadigas Cesar, coordenador do curso.

 

Fadigas Cesar enfatizou a importância da abordagem da saúde mental no campo da proteção aos direitos da criança e do adolescente. “A gente sai da faculdade com a certeza de que o Direito resolve tudo, mas não é bem assim. Com relação à criança e ao adolescente, sem atenção à saúde mental, faremos um discurso vazio, uma abordagem simplista de cunho político, parcial e preconceituosa”, sustentou.

 

Adriana Simões andou preliminarmente na esteira do mesmo pensamento. “Vamos falar sobre o tema delicado das drogas e percorrer o caminho da redução de seus danos, que está dentro da política de saúde mental do Ministério da Saúde, mas que ainda enfrenta algumas resistências não só discursivas, mas também dentro de equipamentos. Portanto, na prática”.

 

Ela iniciou sua preleção com um convite para a troca de saberes que envolvem as práticas na rede de atenção às crianças e aos adolescentes, diante de uma constatação trágica. “Desde que existe o mundo, existem drogas. Os homens fazem uso de substâncias para alterar a sua mente desde os tempos mais remotos para diversas finalidades, e quando a gente pensa em um mundo livre de drogas, estamos no campo da utopia. As drogas em si não são ruins. O problema é que os homens podem gostar demais delas e, com seu uso excessivo e indiscriminado, serem levados à morte”.

 

ES (texto e fotos)


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