EJUS inicia “Programa de preparação para a aposentadoria”
A Escola Judicial dos Servidores (EJUS) deu início hoje (16), em sua sede, ao Programa de preparação para a aposentadoria, um ciclo de palestras ministrado a 160 participantes presenciais e 400 a distância.
A palestra inicial foi proferida pela psicóloga judiciária Maristela Colombo, coordenadora do curso, que falou inicialmente sobre as bases legais e institucionais do Programa Preparatório para Aposentadoria (PPA), implantado no TJSP para a valorização do servidor, consubstanciado nas políticas públicas positivadas na Política Nacional do Idoso (Lei nº 8.842/94), na Lei Orgânica da Assistência Social (LOAS) e no Estatuto do Idoso (Lei nº 10.741/2003).
O programa visa incentivar a reflexão sobre os diversos aspectos que envolvem a aposentadoria (legais, biológicos, psicossociais, previdenciários, financeiros, entre outros). Visa ainda orientar sobre as decorrências dessa nova fase da vida, oferecendo a possibilidade de melhorar o equilíbrio emocional e social, em busca de qualidade de vida, estimular o desenvolvimento de novas habilidades e atividades, bem como o resgate de potencialidades.
Maristela Colombo lembrou que a diretriz da política pública de preparação do trabalhador para a aposentadoria está expressa no inciso II do artigo 28 da Lei 10.741/2003. O dispositivo prescreve o dever estatal de criar e estimular a “preparação dos trabalhadores para a aposentadoria, com antecedência mínima de 1 (um) ano, por meio de estímulo a novos projetos sociais, conforme seus interesses, e de esclarecimento sobre os direitos sociais e de cidadania”.
A palestrante contrapôs à noção antiga da aposentadoria improdutiva coincidente com o final da vida o entendimento desse momento da vida dos trabalhadores como a conquista da oportunidade de viver com mais tranquilidade e liberar-se para outros projetos pessoais. Aposentar-se, assim, não guarda mais seu significado etimológico original, o de retirar-se, direcionar-se ao aposento.
Na perspectiva da aposentadoria como uma nova etapa de vida, ela discorreu sobre as mudanças significativas nesse período, seus aspectos atrativos e aversivos, expectativas da aposentadoria, perda do status social, mudança no padrão de vida e dificuldades de administração do tempo livre.
“A aposentadoria é um momento único na vida das pessoas e deve ser considerada como uma transição e não como uma crise. São anos e anos de trabalho árduo e dedicação à vida profissional. Mas quando chega esse momento, restam muitas dúvidas. Por isso estamos aqui para discutir”, pontuou a palestrante.
ES (texto e fotos)