EPM e CIJ promovem o seminário “Infância e Juventude de ontem, Infância e Juventude de hoje”

O filósofo e escritor Mario Sergio Cortella foi o expositor do  seminário Infância e Juventude de ontem, Infância e Juventude de hoje, realizado ontem (10), no Fórum João Mendes Júnior, pela EPM e pela Coordenadoria da Infância e da Juventude (CIJ) do TJSP.  

 

A mesa de abertura foi composta pelo diretor da EPM, desembargador Antonio Carlos Villen; pelo coordenador da CIJ, desembargador Eduardo Cortez de Freitas Gouvêa; e pelo integrante consultor da CIJ, desembargador Antonio Carlos Malheiros. Eles agradeceram a presença e colaboração do convidado, assim como o enriquecimento cultural que proporciona aos participantes.

 

Utilizando como mote o verso “Minha mãe não dorme enquanto eu não chegar”, da música Trem das Onze, de Adoniram Barbosa, Mario Cortella falou sobre a importância de sermos capazes de cuidar de nossos filhos. “Nós não dormimos enquanto eles não chegam à vida segura, à escola adequada, à saúde cuidada, à habitação digna e ao trabalho decente. Ontem à noite a minha mãe, que completou no último sábado 87 anos, me ligou e perguntou: Já jantou? Escovou os dentes? Sou avô com muito mais de 60 anos e ela continua cuidando de mim”, contou.

        

Ele ressaltou que, antes do barateamento da tecnologia, a convivência demandava mais cuidado e diálogo. “Precisávamos administrar a programação da televisão e isso nos dava algo especial: era preciso ajustar as divergências. Dava tempo de brincarmos juntos antes de meu pai voltar ao trabalho. Como não existia microondas, todos sentavam à mesa, juntos, assim que a comida saia do forno. A tecnologia, aquela que nos encanta e conecta, também tem uma dimensão destrutiva. Cuidado, nem sempre o prático é o certo”, disse.

        

O palestrante alertou para o problema de que grande parte dos jovens confunde desejos com direitos. “Uma pessoa que não tem disciplina faz o que quer, mesmo que seja proibido. Essa pessoa tem algo perigosíssimo na convivência, chama-se soberania. Mas na vida coletiva não podemos ser soberanos, precisamos ser autônomos, e fazer o que queremos desde que esteja dentro de nossa responsabilidade. O mundo que vamos deixar para nossos filhos depende muito dos filhos que deixaremos para esse mundo,” concluiu.

        

Ao final da exposição, Cortella esclareceu dúvidas dos participantes e recebeu muitos elogios. Os juízes Sylvio Ribeiro de Souza Neto (assessor da presidência), Maria dos Anjos Garcia de Alcaraz da Fonseca (assessora da vice-presidência), Gabriel Pires de Campos Sormani (assessor da Corregedoria-geral da Justiça) e Paulo Roberto Fadigas Cesar (diretor do Fórum Regional da Penha de França e integrante da CIJ) também prestigiaram a palestra.

 

Comunicação Social TJSP – AG (texto) / AC (fotos)


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