A Escola Paulista da Magistratura realizou no último dia 23 de março, no auditório da Cidade Judiciária de Campinas, a aula magna de encerramento do 5º Curso de pós-graduação em Direito Processual Civil, com a presença dos alunos (110) e professores. Coordenada a mesa pelo eminente desembargador Fernando Maia da Cunha e que representou o diretor da Escola, desembargador Antonio Carlos Villen, na oportunidade foi homenageado pelos professores e alunos.

 

A aula foi proferida pelo eminente professor doutor Fredie Didier Jr., um dos membros da Comissão de Juristas da Câmara dos Deputados para a reforma do Código de Processo Civil e que foi um dos principais atores na elaboração da redação final do novo Código, tendo tratado com brilhantismo sobre o tema “Efetividade do processo e técnica processual no novo CPC”.

 

O coordenador pedagógico do curso, professor doutor Richard Pae Kim, durante os agradecimentos finais, acentuou:

 

"A participação de mais de duas centenas de juristas na elaboração do novo código, especialistas em Processo Civil, muitos do quilate de nosso palestrante de hoje, professor Fredie Didier Jr., nos levam a infirmar a qualidade do trabalho apresentado e que foi objeto de estudo de todos os nossos alunos durante este incrível curso. É evidente que críticas surgiram e surgirão ao novo diploma. Também tenho absoluta certeza de que, como ocorreu com o Código de 1973, muitos ajustes legislativos serão necessários, e isso me parece absolutamente salutar, pois a evolução também envolve processo de mudanças graduais e perenes, como sustentado pelos naturalistas Lyell e Darwin. Em entrevista ao Conjur, um eminente, culto e combativo membro da Comissão de reforma do novo CPC na Câmara dos Deputados (referindo-se ao professor Didier Jr.) destacou que este texto é resultado de diálogos e de resistências, uma construção que buscou atender diversos interesses sem criar 'monstros normativos', sem carga autoritária; pelo contrário, decorrente de um processo democrático legítimo e que teve como objetivo valorizar as decisões judiciais, a fim de que os cidadãos possam confiar ainda mais na Justiça. A essa fala, só podemos dizer ... amém. Terminamos hoje mais um ciclo e devemos o resultado a muitos. Este curso não teria se realizado sem a vontade e a determinação do então nosso querido ex-diretor da Escola Paulista da Magistratura, desembargador Fernando Maia da Cunha, que hoje fez questão de estar presente conosco, do professor Antonio Rigolin, então desembargador coordenador da área de Direito Processual Civil na gestão que findou e do nosso professor doutor Luiz Antônio Alves Torrano, diretor da Cidade Judiciária, e que nos apoia desde o início do primeiro curso de pós-graduação da Escola Paulista da Magistratura em Campinas. Deixo um agradecimento especial a cada aluno deste curso, na esperança de que tenha aproveitado todo o potencial de nossos esforços, e a todos os professores assistentes da casa, que se dedicaram a disseminar não só seus conhecimentos, mas também a elevar os debates que foram travados neste quinto curso de pós-graduação". 

 

O desembargador Fernando Maia agradeceu profundamente os esforços dos professores do curso, desembargadores Amorim Cantuária, Antônio Mário de Castro Figliolia, Cláudio Augusto Pedrassi, Borelli Thomaz Júnior, João Carlos Garcia, José Otávio de Souza Ferreira (TRT-15), Lígia Bisogni e Osni de Souza e juízes Luiz Antônio Alves Torrano e Renato Siqueira de Pretto, que prestigiaram o evento e o jantar que se seguiu.

 

Texto: Coordenação do curso

Fotos: Pérola Nunes de Siqueira