No dia 9 de junho, o diretor da EPM, desembargador Antonio Rulli Junior recebeu o desembargador Milton Nobre, diretor da Escola Superior da Magistratura do Pará; a doutora Ana Cristina Leite Chaves, coordenadora pedagógica da Escola; e o doutor Mário Tavares, juiz do Tribunal de Justiça do Pará, que vieram acompanhados dos representantes da empresa “Oversee Tecnologia e Sistemas”, Ricardo Oliveira e Wanda Magalhães. O objetivo da visita foi viabilizar a realização conjunta de cursos a distancia, transmitidos por meio de videoconferência, voltados para a formação continuada de magistrados.

Durante a reunião, foram discutidos os termos do convênio – já aprovados pelo Conselho Consultivo e de Programas da EPM – a ser estabelecido entre as duas instituições, para a definição dos critérios que deverão ser respeitados em tais cursos. Os participantes reconheceram que a realização de cursos presenciais envolve custos muito superiores ao da teleconferência, tornando inviável a administração de recursos suficientes para o cumprimento dos programas credenciados na Escola Nacional de Formação e Aperfeiçoamento de Magistrados (Enfam).

Apesar das dificuldades de implantação do sistema de videoconferência, que passará a ser usado nas escolas de magistratura dos Estados – principalmente em razão de seu pioneirismo – foi ressaltado, durante a reunião, que os juízes de ambos os Estados serão os maiores beneficiários, podendo interagir. “Será importante a colaboração recíproca entre as duas Escolas, cada uma oferecendo especialistas para as transmissões”, ressaltou o diretor da EPM.

A Escola da Magistratura do Pará conta com infra-estrutura própria para a implantação do sistema de teleconferência em todas as comarcas do Estado, inclusive nas mais distantes e de difícil acesso. O desembargador Milton Nobre é um entusiasta do sistema de videoconferência, conseguindo, quando na Presidência do Tribunal de Justiça do Pará, interligar todas as comarcas, por meio da rede interna do Poder Judiciário do Estado. Durante a visita à EPM, os representantes da empresa “Oversee Tecnologia e Sistemas” fizeram uma demonstração da transmissão do julgamento dos acusados do assassinato da irmã Doroty Stang. O julgamento teve audiência mundial, inclusive na República Popular da China, onde grupos de Direitos Humanos assistiram, na íntegra, o júri popular.