EPM e CIJ promovem o seminário 'Infância e Juventude e racismo'

A EPM e a Coordenadoria da Infância e da Juventude (CIJ) do TJSP realizaram hoje (28) o seminário Infância e Juventude e racismo, com exposição do advogado, professor e ex-secretário da Justiça e Defesa da Cidadania do Estado, Hédio Silva Júnior.

 

A abertura do evento – realizado no fórum João Mendes Júnior e transmitido para 400 participantes a distância – ficou a cargo do coordenador da CIJ, desembargador Eduardo Cortez de Freitas Gouvêa, que enfatizou a oportunidade de debater tema sensível.

        

Citando alguns dispositivos do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), Hédio Silva Júnior explicou que o racismo se alimenta do silêncio, da omissão das pessoas e do Estado. “A punição ao preconceito é importante, mas a repressão atinge o ato quando ele já ocorreu. E esse é um problema que se resolve com educação. A reflexão coletiva é mais enriquecedora do que qualquer ponto de vista individual” disse. Para ele, da mesma forma que construímos o racismo, juntos, podemos destruí-lo.

        

Ao final, o expositor agradeceu a oportunidade de palestrar aos profissionais do TJSP. “Sinto-me honrado a cada vez que sou convidado para eventos do Tribunal, com a esperança de que, ao destinarmos uma hora para falar sobre isso, estamos mudando um pouco o Brasil. A mudança é o cotidiano”, concluiu.

       

O juiz assessor da Vice-Presidência Daniel Issler falou sobre a necessidade de trabalhar nas crianças a diversidade da convivência. “Que as crianças convivam juntas, independentemente de serem brancas, negras, judiais, católicas ou japonesas. Conviver junto e participar, para que percebam que a cor da pele e aspectos sociais não podem ser vistos de forma preconcebida. É fundamental para descontruir estereótipos.”

        

O cônsul-geral da República de Angola em São Paulo, Joaquim Augusto Belo Barroso Mangueira, também teceu algumas considerações. “Em Angola também temos tratado a questão da infância e juventude com prioridade. É interessante ouvir a experiência de vocês aqui no Brasil sobre racismo. O que ocorre mais em Angola são problemas relacionados à distribuição de renda, o que gera situações de distanciamento um do outro. Mas o Estado está a combater, promulgando leis, de forma que haja um equilíbrio.”

        

O presidente da mesa e integrante consultor da CIJ, desembargador Antonio Carlos Malheiros, agradeceu a presença de todos, e abriu espaço para as perguntas dos participantes. A mesa dos trabalhos também foi composta pelo desembargador José Helton Nogueira Diefenthäler Júnior e pelos juízes Paulo Roberto Fadigas César (integrante da CIJ e diretor do Fórum Regional da Penha) e Fabio Coimbra Junqueira (assessor da Corregedoria Geral da Justiça). A juíza substituta em 2º grau Dora Aparecida Martins, também prestigiou o evento.

 

Comunicação Social TJSP – AG (texto) / GD (fotos)


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