EPM e CIJ promovem seminário sobre infância e drogadição
Foi realizado ontem (19), pela EPM e pela Coordenadoria da Infância e da Juventude (CIJ) do Tribunal de Justiça, o seminário Infância, Juventude e Drogadição, com a doutora em Ciências e pesquisadora Maria de Fátima Rato Padin, coordenadora do Módulo de Dependência Química do Curso de Especialização em Saúde Mental da Infância e Adolescência do Departamento Psiquiatria Infantil da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp). A palestra reuniu 280 participantes no Fórum João Mendes Júnior e foi transmitida para outros 400 inscritos, entre servidores, magistrados, promotores de Justiça, defensores públicos, advogados, delegados, assistentes sociais e psicólogos.
A convidada explicou o conceito de dependência química e a diferença entre uso e abuso de substâncias psicoativas. “A dependência é uma doença crônica que não tem cura, mas tem tratamento. Mas é preciso ter clareza para diferenciar o uso e abuso dessas substâncias: o consumo sem problemas clínicos, psicológicos ou sociais faz parte do uso. Quando excede esses parâmetros, é configurado o abuso”, disse.
Maria de Fátima listou as consequências do abuso de drogas na adolescência, como alteração comportamental, baixo rendimento acadêmico, risco de gravidez não planejada e prejuízos aos sistemas cerebrais inibitórios. Traçou, ainda, um panorama do uso dessas substâncias nos adolescentes brasileiros. “De acordo com pesquisa realizada pelo Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia para Políticas Públicas do Álcool e outras Drogas, o álcool é a substância psicoativa mais utilizada entre jovens. O Brasil representa 20% do consumo mundial de cocaína e o maior mercado de crack do mundo”, disse. Também falou sobre violência física decorrente do uso de álcool. “Cerca de 28 milhões de pessoas vivem hoje no Brasil com um dependente químico. É um número altíssimo”, concluiu.
A mesa também foi composta pelo consultor integrante da CIJ, desembargador Antonio Carlos Malheiros; pelo juiz assessor da Vice-Presidência, Daniel Issler; pelo juiz diretor do Foro Regional da Penha de França, Paulo Roberto Cesar Fadigas Cesar; pelo juiz assessor da Corregedoria Geral da Justiça Gabriel Pires de Campos Sormani; e pela juíza da Vara da infância e da Juventude do Foro Regional Tatuapé, Gilda Cerqueira Alves Barbosa Amaral Diodatti.
Comunicação Social TJSP – AG (texto) / DG (fotos)