EPM promove curso de formação de instrutores da Oficina de Parentalidade e Divórcio

Foi realizado ontem e hoje (3), na EPM, o Curso de formação de instrutores da Oficina de Parentalidade e Divórcio, promovido em parceria com o Núcleo Permanente de Métodos Consensuais de Solução de Conflitos do Tribunal de Justiça de São Paulo (Nupemec). O evento teve cerca de 200 participantes, entre chefes, mediadores e conciliadores dos Centros Judiciários de Solução de Conflitos e Cidadania (Cejuscs), assistentes sociais e psicólogos judiciários.

 

Compuseram a mesa de abertura dos trabalhos a juíza Vanessa Aufiero da Rocha, coordenadora do curso, a psicóloga e mediadora familiar Fabiana Cristina Aidar da Silva, a psicóloga judiciária Cristina Palason Moreira Cotrim e as mediadoras e conciliadoras Jurema Rodrigues da Silva e Cinthia Maria Zaccariotto Ferreira, responsáveis pelas exposições e práticas do curso.

 

Vanessa Aufiero, que também é instrutora em Políticas Públicas em Conciliação e Mediação do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), explicou que a Oficina da Parentalidade é um programa educacional preventivo e multidisciplinar, direcionado a famílias que enfrentam conflitos relacionados ao exercício da parentalidade dissociado da união conjugal, por conta da inexistência ou da ruptura do laço dos pais, com o intuito de estabilizar e pacificar as suas relações. “É uma mudança de trajetória depois de um percurso de muita frustração por perceber que nem sempre as decisões judiciais conseguem cumprir o seu papel de pacificação, harmonização, e estabilidade das relações familiares”.

 

Ela também falou sobre os fundamentos do curso, que já foi ministrado em outros estados. “Vamos abordar a Oficina de Parentalidade, como importante instrumento para a propagação da cultura de paz, com o intuito de mostrar que não é apenas mais uma metodologia, mas uma tecnologia. O objetivo deste curso é formar as pessoas para viabilizar a realização das oficinas de modo permanente nos estados”, declarou.

 

O curso apresentou uma visão geral do conceito, inspiração, metodologia, objetivos e recursos utilizados nas oficinas de pais, crianças e adolescentes e seus resultados práticos, forma de recrutamento e formação dos grupos. Os instrutores aprenderam também conceitos e formas de alienação parental, comunicação não violenta e empatia e farão um estágio em cinco oficinas. Além da obtenção do certificado da EPM, os participantes serão inscritos no Cadastro Nacional do CNJ.

 

Uma política pública de pacificação familiar

 

A Oficina de Parentalidade, também chamada Oficina de Pais e Filhos, iniciou-se em São Paulo, na comarca de São Vicente, e foi instituída pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ), por meio da Recomendação nº 50/2014, como política pública na resolução e prevenção de conflitos familiares. Foi recepcionada como método adequado de solução de conflitos pelo Nupemec e inserida nas práticas dos Cejuscs, por meio do Provimento CSM 2.327/2016.


ES (texto e fotos)


O Tribunal de Justiça de São Paulo utiliza cookies, armazenados apenas em caráter temporário, a fim de obter estatísticas para aprimorar a experiência do usuário. A navegação no portal implica concordância com esse procedimento, em linha com a Política de Privacidade e Proteção de Dados Pessoais do TJSP