EPM e CIJ promovem o seminário ‘Juventude e Fundação Casa’

A EPM e a Coordenadoria da Infância e da Juventude (CIJ) do Tribunal de Justiça de São Paulo realizaram hoje (28), o seminário Juventude e Fundação Casa, no Fórum João Mendes Júnior. O evento teve como palestrante a presidente da Fundação Casa, Berenice Maria Giannela, e contou a participação de 234 pessoas, entre juízes, servidores do TJSP, promotores, defensores públicos, advogados, delegados, assistentes sociais e psicólogos e demais interessados. Outros 400 inscritos no interior e litoral do Estado assistiram à transmissão pela internet.

        

Na abertura do encontro, o coordenador da CIJ, desembargador Eduardo Cortez de Freitas Gouvêa, falou sobre a dificuldade de lidar com a adolescência. “É custoso modificar condutas e repor padrões sociais. Infelizmente as políticas públicas para prevenir o adolescente em conflito com a lei não são enfáticas”, afirmou.

        

A juíza integrante da CIJ Dora Aparecida Martins lembrou que não se pode esquecer o contexto social que gera conflitos. “Sem percebermos, caímos naquela de achar que a solução é internar os jovens, guardá-los, longe dos nossos olhos. Atrás de cada adolescente tem uma família que está em necessidade, com dor e problemas”, explicou. “Medida de internação é medida excepcionalíssima, curtíssima, que não deveria ser um destino final”, concluiu.  

        

O vice-presidente da Corte, desembargador Ademir de Carvalho Benedito, representou o presidente do TJSP, Paulo Dimas de Bellis Mascaretti. Para ele, a sociedade deve prover os adolescentes com as condições necessárias, previstas no Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA). “Precisamos ficar atentos para o que está acontecendo com a nossa juventude”, finalizou.

        

Em sua palestra, Berenice Giannela lembrou que os 37 mil jovens que cumprem medida socioeducativa representam 0,56% da população de jovens do Estado. “É um número muito pequeno para causar a comoção que tantas vezes a mídia faz em torno dos adolescentes que praticam atos infracionais”, afirmou. Ela também esclareceu as principais medidas executadas, as atividades desenvolvidas na área de esportes, saúde e oportunidades, além de traçar um panorama dos principais desafios da fundação.

        

Ao final da palestra, os expositores esclareceram dúvidas sobre o assunto e participaram da exposição de gravuras realizada por adolescentes da Fundação Casa.

        

A mesa de abertura também foi composta pelo desembargar Antonio Carlos Malheiros e pelos juízes Paulo Roberto Fadigas César, Daniel Issler (assessor da Vice-Presidência) e Gabriel Pires de Campos Sormani (assessor da Corregedoria).

 

Comunicação Social TJSP – AG (texto) / RL (fotos)

 


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