EPM e CIJ promovem seminário sobre doenças sexualmente transmissíveis em bebês
Evento aconteceu no Fórum João Mendes Júnior.
Foi realizado ontem (19), o seminário Doenças Sexualmente Transmissíveis em bebês – HIV, sífilis e desenvolvimento em situações de vulnerabilidade na infância promovido pela EPM e pela Coordenadoria da Infância e da Juventude (CIJ).
O encontro, realizado no Fórum João Mendes Júnior, acompanhado presencialmente por cerca de 70 pessoas e transmitido para 400 participantes a distância, contou com a participação do desembargador Antonio Carlos Malheiros, membro consultor da CIJ, que promoveu a abertura. “Esse tema é de suma importância. Precisamos estar sempre atentos, pensando e repensando no que pode ser feito para evitar a transmissão e melhorar a expectativa de vida”, disse.
Em seguida, Malheiros passou a palavra ao coordenador da CIJ, desembargador Eduardo Cortez de Freitas Gouvêa, que representou o diretor da EPM. “A matéria é muito interessante, pois doenças transmissíveis por relação sexual podem levar à morte, e o bebê também pode ser vítima. Divulgar o que é possível ser feito para evitar a transmissão é muito importante para todos nós.”
A primeira palestrante do dia foi a médica Mônica Olsen Bittencourt Couto, pediatra com especialização em emergências pediátricas pela Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP). “A transmissão das doenças sexualmente transmissíveis podem ocorrer durante a gestação, no momento do parto ou durante o aleitamento materno. As infecções maternas adquiridas antes, ou durante agestação, representam risco para a criança e, por isso, é muito importante o diagnóstico precoce pela mãe e o acompanhamento durante toda a gestação, no nascimento, na infância e adolescência”, explicou.
Em seguida, foi a vez da médica Luciana Becher Mau, pediatra e infectologista pediátrica formada pela FMUSP e integrante do corpo clinico do Hospital Albert Einstein, falar sobre o tema. “A qualidade da assistência durante a gestação e o parto é importante para reduzir a transmissão vertical da sífilis e do HIV. No Brasil, a notificação compulsória de gestantes portadoras dessas infecções é obrigatória desde 1986 e 2000, respectivamente. Estudos comprovam que existe uma diminuição do número de casos de transmissão vertical do HIV e nosso objetivo é o controle da doença, por meio do diagnóstico precoce e do tratamento correto para aumentar a expectativa de vida”, ressaltou Luciana.
A terceira expositora foi Mariana Facchini Granato, graduada e mestre em Pediatria pela FMUSP, integrante do corpo clínico do Hospital Albert Einstein e colaboradora do Instituto da Criança, do Hospital do Coração. Ela falou sobre os indicadores do desenvolvimento infantil, além de listar alguns sinais de alerta a respeito da não realização de atividades em determinadas idades da criança. “Uma das experiências mais importantes na formação da arquitetura do cérebro em desenvolvimento é a interação entre a criança e o adulto cuidador. Diversos estudos demostram que se a criança recebe o suporte adequado, o stress pode ser prevenido e até revertido”, explicou.
A mesa dos trabalhos também foi composta pela juíza assessora da Vice-Presidência, que representou o vice-presidente do TJSP, Nidea Rita Coltro Sorci; pelo juiz assessor da Corregedoria Geral da Justiça e integrante da CIJ, Gabriel Pires de Campos Sormani; e pelo integrante da CIJ e diretor do Foro Regional da Penha, juiz Paulo Roberto Fadigas César.
Também acompanharam o evento as juízas Gilda Cerqueira Alves Barbosa Amaral Diodatti (Vara da Infância e da Juventude do Foro Regional do Tatuapé) e Maria Silvia Gomes Sterman (Vara da Infância e da Juventude do Foro Regional de Santo Amaro).
SO (texto) / RL (fotos)