Projetos em multimídia da EPM visam democratizar

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“Partilhar conhecimento é partilhar poder”, diz o juiz Edison Aparecido Brandão, assistente da vice-diretoria da Escola Paulista da Magistratura para assuntos da Sociedade da Informação. Seguindo essa máxima, a EPM está implantando novos projetos que fazem uso intensivo e radical dos meios modernos de comunicação. “Nós queremos ter grande capilaridade. Vamos encontrar o magistrado no seu local de trabalho, ou até mesmo em sua residência. Queremos ter uma comunicação completa. Assim poderemos fazer uma educação de forma continuada e em multimeio, usando o ideal da Sociedade de Informação”, afirma Brandão. Para o juiz, essa é uma idéia extremamente democrática, em que todos participam e se divulga cultura amplamente.

 

A videoconferência, por exemplo, já está sendo usada intensamente para a formação de juizes, ou mesmo para o treinamento de funcionários, como foi o caso do evento realizado no dia 14/8. Destinada a todos os juízes e diretores dos cartórios de 151 comarcas do interior, a videoconferência “Novas Alterações do Código de Processo Civil” atingiu mais de 500 pessoas. “Hoje trabalhamos com uma via de mão dupla, nós divulgamos os fatos e temos seu retorno em tempo real. E essas respostas orientam nossos passos.”

 

Outro projeto que a Escola está desenvolvendo é uma mídia eletrônica que dá acesso a todo material intelectual que já foi produzido pelos juizes. Os jovens juizes poderão levar esse software consigo para onde forem. “Assim a EPM torna acessível todo arcabouço intelectual de forma contemporânea e profissional.”

 

Uma enciclopédia digital também está em fase de implantação. Será uma espécie de site em que os alunos da EPM terão acesso. Ou como prefere Edison Brandão, “uma espécie de WikJus”. Toda a inteligência produzida durante o curso poderá ser utilizada pelos alunos. “É um sistema em que a cultura, a idéia ou a experiência prática pode ser trocada. Assim como as angústias, dúvidas, soluções... Enfim, uma construção simultânea e partilhada. Será também uma forma dos alunos discutirem até o próprio curso.”