Diretoria da EPM propõe a realização de cursos à distância ao Ceesp
Diretoria da EPM propõe ao Conselho Estadual de Educação
a realização de cursos à distância
No último dia 9 de março, o diretor da Escola Paulista da Magistratura, desembargador Marcus Vinicius dos Santos Andrade, reuniu-se com o presidente do Conselho Estadual de Educação de São Paulo (Ceesp), professor Marcos Antonio Monteiro, para discutir a realização de cursos à distância para magistrados. A proposta da direção da EPM é implementar esses cursos em parceria com o Ceesp, órgão vinculado à Secretaria da Educação do Estado de São Paulo responsável pelo credenciamento de instituições de ensino na modalidade de cursos à distância. A idéia é utilizar a rede já disponível nos fóruns do Estado (32 mil pontos instalados) e aproveitar o know-how da Secretaria da Educação em ensino à distância.
A reunião aconteceu na sede do Ceesp e contou com a presença dos desembargadores Antonio Rulli Júnior, vice-diretor da EPM, e Oldemar Azevedo, coordenador da secretaria e do setor financeiro da EPM, do juiz Edison Aparecido Brandão, assistente da vice-diretoria para assuntos da Sociedade da Informação da EPM, e do conselheiro do Ceesp Joaquim Pedro Villaça de Souza Campos.
Na ocasião, o diretor da EPM apresentou ao presidente do Ceesp algumas das diretrizes da nova gestão da Escola, dentre elas a necessidade de viabilizar a participação dos magistrados de todo o Estado em cursos de formação e aprimoramento. A freqüência nesses cursos é requisito para a promoção por merecimento na carreira, conforme instituído na Emenda Constitucional 45. Diante da dificuldade que os magistrados encontram para freqüentar cursos na sede da Escola – principalmente aqueles que atuam no interior ou em fóruns distantes da Capital - a proposta da diretoria da EPM é oferecer cursos à distância para capacitação dos magistrados, que serão gratuitos e servirão para os fins de promoção por merecimento.
O desembargador Marcus Andrade adiantou que existe a intenção de estender esses cursos aos servidores do Judiciário paulista. “O servidor do Tribunal de Justiça é um funcionário diferenciado, que, mesmo sem formação jurídica, tem um serviço ligado a procedimentos jurídicos, a processos e a valores. Assim, necessita de informações atualizadas, de fácil acesso, que o ajudem a resolver problemas do cotidiano forense, de forma a racionalizar o trabalho”, afirmou o desembargador Marcus Andrade.
O professor Marcos Antonio Monteiro saudou a iniciativa da EPM. “Nós precisamos buscar formas alternativas de ensino com tecnologias que sejam viáveis economicamente”, afirmou. Ele lembrou que o sucesso na realização de cursos à distância para magistrados aumentará a credibilidade dessa forma de capacitação. “Os magistrados têm um enorme conhecimento acumulado que pode ser disponibilizado para a sociedade”, afirmou Marcos Antonio Monteiro.
Rede do Saber
Para viabilizar esses cursos, a proposta da direção da EPM é utilizar a rede já instalada nos fóruns do Estado, em horários em que não haja expediente, e aproveitar a experiência em cursos à distância da Secretaria da Educação. A partir de dezembro de 2002, a Secretaria da Educação iniciou um projeto de formação superior de professores que deu origem à “Rede do Saber”, uma rede gestora de capacitação e atualização para profissionais de educação, com capacidade para atender, ao mesmo tempo, 12 mil pessoas por dia. A rede utiliza tecnologias de videoconferência, teleconferência e internet.
Em 14 de março, o diretor da EPM esteve na central de operações da “Rede do Saber”, onde se reuniu com o presidente do Ceesp, Marcos Antonio Monteiro, com o conselheiro Joaquim Pedro Villaça de Souza Campos e com as professoras Beatriz Leonel Scavazza, coordenadora executiva da “Rede do Saber”, e Ângela Sprenger, coordenadora executiva adjunta. Na oportunidade, foram apresentadas a estrutura e as instalações da "Rede do Saber" ao diretor da EPM e aos desembargadores Antonio Rulli Júnior e Oldemar Azevedo e ao juiz Edison Aparecido Brandão.
O juiz Edison Brandão adiantou que a idéia da diretoria da EPM é, em um primeiro momento, difundir palestras, em forma de vídeoconferência, para diversas comarcas, ao mesmo tempo, e, em um segundo momento, permitir que os usuários interajam com o palestrante. “Podemos utilizar os pontos já instalados nas diversas comarcas do Estado, fora do horário de expediente, e aproveitar o know how da “Rede do Saber”, relativo aos métodos pedagógicos de avaliação, divulgação e realimentação de informações no sistema”, afirmou o juiz.