Estudantes de Direito do Mackenzie visitam a EPM
Alunos cursam disciplina sobre a atividade judicante.
A EPM recebeu ontem (7) a visita de alunos do curso de Direito da Universidade Presbiteriana Mackenzie que cursam a disciplina optativa Magistratura – vocação e desafios, oferecida pela primeira vez no Estado de São Paulo.
A visita foi organizada pelo juiz Ricardo Cunha Chimenti, que ministra a matéria no Mackenzie e coordena a Área de Iniciação Funcional e Aperfeiçoamento para Servidores na EPM. Ele explicou que o projeto da disciplina foi desenvolvido em 2013 pela Escola Nacional de Formação e Aperfeiçoamento de Magistrados (Enfam), que promoveu um encontro para debater a sua implementação com representantes das 15 faculdades de Direito do País mais bem conceituadas pelo Ministério da Educação (MEC) e pela Ordem dos Advogados do Brasil (OAB). “O objetivo é buscar pessoas vocacionadas para a magistratura, propiciando que o estudante entenda melhor a atividade jurisdicional e a ética que a cerca”, ressaltou.
Na oportunidade, o diretor da EPM, desembargador Francisco Eduardo Loureiro, cumprimentou os alunos e agradeceu a presença de todos. “A magistratura é uma carreira maravilhosa, que vocês devem perseguir se tiverem interesse. E quando passarem no concurso, serão nossos alunos”, adiantou.
Os estudantes reuniram-se com a juíza Dora Aparecida Martins, que falou sobre a atuação do Judiciário, complexidades e desafios da carreira e sobre a importância da formação humanística e interdisciplinar. “O magistrado precisa direcionar o olhar para os jurisdicionados, conhecer o seu universo, seus usos e costumes e dificuldades socioeconômicas. Isso exige um preparo muito mais humanitário, de consciência social e política, do que técnico, que vocês obtêm mais facilmente. Esse é o grande desafio da magistratura e é o objetivo da EPM e da Enfam”, ressaltou.
O encontro também teve a participação da servidora Maria Regina de Carvalho Costa, chefe da seção de cursos para magistrados da EPM, que explicou o funcionamento e os objetivos dos cursos de formação inicial e de formação continuada, enfatizando que os magistrados terão o apoio da Escola em todos os períodos da carreira. “A Escola não é transmissão de conhecimento; é um lugar onde as pessoas mediam os seus conhecimentos. Vocês trazem muita riqueza, que precisamos compartilhar”, ponderou.
Durante as apresentações, a aluna Maria Eduarda Felipelli Facca, ex-estagiária do Tribunal de Justiça de São Paulo, manifestou a sua convicção em ingressar na magistratura. “Espero voltar para o Tribunal, que eu amo, e realizar-me profissionalmente como magistrada”, frisou, revelando planos de fomentar a criação de uma vara especializada em crimes contra a dignidade sexual, especialmente estupro, tema do seu trabalho de conclusão de curso.
Também prestigiou o encontro a juíza Maria Gabriella Pavlópoulos Spaolonzi.
RF (texto) / KS (fotos)