EPM e CIJ promovem o seminário ‘A incrível arte de com-viver’
Carmen Silvia Cintra Torres de Carvalho foi a palestrante.
Foi realizado ontem (13) o seminário A incrível arte de com-viver, promovido pela EPM e pela Coordenadoria da Infância e da Juventude (CIJ) do Tribunal de Justiça de São Paulo. Ministrado por Carmen Silvia Cintra Torres de Carvalho, o seminário ocorreu no Fórum João Mendes Júnior e teve cerca de 850 inscritos, presencialmente e a distância.
Compondo a mesa de abertura estiveram o presidente da Corte paulista, desembargador Geraldo Francisco Pinheiro Franco; o vice-presidente, desembargador Luis Soares de Mello Neto; o presidente da Seção de Direito Criminal, desembargador Guilherme Gonçalves Strenger; o coordenador da CIJ, desembargador Reinaldo Cintra Torres de Carvalho; e o integrante consultor da CIJ, desembargador Antonio Carlos Malheiros.
Na abertura, Pinheiro Franco falou que o TJSP possui muitas ações positivas e que três delas merecem destaque: EPM, EJUS e CIJ. “Pude constatar a grandeza e o talento das pessoas que trabalham na CIJ, sempre dispostos a discutir, debater, informar e auxiliar todos nós. O evento de hoje mostra exatamente isso: é um tema que vai ajudar na nossa formação pessoal e fazer com que sejamos melhores pessoas a partir das ponderações que nos serão trazidas”, avaliou.
O vice-presidente, Luis Soares de Mello Neto, cumprimentou o desembargador Reinaldo Torres de Carvalho pelo início do ciclo de seminários e desejou muito sucesso. “Nossa total abertura para todas as necessidades que houver durante este biênio”, afirmou.
“Os seminários vêm alcançando muitos servidores, de forma efetiva e sem tecnicalidades. A proposta é que aprendamos a lidar com a infância e a juventude na sociedade atual, desmistificando vários assuntos que envolvem o tema. Desejo a todos uma manhã de profundida, estudo e aprendizagem”, disse Reinaldo Torres de Carvalho.
Antonio Malheiros contou que, como voluntário, trabalhou, há muitos anos, com portadores de AIDS e percebeu que a família biológica não os visitava, mas outros o faziam. “Percebi então que existe a família formada pelo afeto e hoje estou rodeado com pessoas que considero minha família, pelas quais tenho imenso orgulho e admiração”, afirmou.
Com mestrado em Psicologia da Aprendizagem e do Desenvolvimento Humano pelo Instituto de Psicologia da USP, formação em Justiça Restaurativa pela EPM, e Ética, Cultura de Paz e Dinâmicas de Convivência, a palestrante é filha do desembargador Renato Torres de Carvalho Filho e irmã dos desembargadores Reinaldo e Ricardo Cintra Torres de Carvalho. “Venho de uma família ligada ao Direito e, por isso, estar aqui é algo muito especial, porque remonta à minha vida. Meu pai nos ensinou, desde cedo, a importância e o valor da justiça. Hoje, venho contribuir um pouco com esse mundo, trazendo meus conhecimentos em educação e auxiliando nessa interface necessária para quem trabalha com infância e juventude”, falou.
A palestrante abortou assuntos como vulnerabilidade, julgamentos, autoimagem, educação emocional e relações de confiança. “É importante rever conceitos, como o da vulnerabilidade, que é uma característica inerente ao ser humano. Devemos, também, substituir a visão dicotômica de certo e errado pela visão de diferente e perceber que há formas alternativas de educação que evitam, por exemplo, sentimentos como os de exclusão, medo e culpa”, disse. “Como a gente ensina as crianças a lidar com os sentimentos? Ensinamos com exemplos”, completou. Ao final, a palestrante recebeu um certificado de participação e agradecimento.
Prestigiaram o seminário a juíza assessora da Vice-Presidência Alice Galhano Pereira da Silva; e os juízes integrantes da CIJ Egberto de Almeida Penido, Marcelo Nalesso Salmaso e Maria Lucinda da Costa; além de servidores, promotores de Justiça, defensores públicos, advogados, delegados, assistentes sociais, psicólogos e profissionais da Rede de Garantia de Direitos da Criança e do Adolescente.
SB (texto) / PS (foto)