Identidade na adolescência é discutida em seminário

Evento foi promovido pela EPM e CIJ.

 

A EPM e a Coordenadoria da Infância e da Juventude (CIJ) do Tribunal de Justiça de São Paulo, promoveram ontem (12), no Fórum João Mendes Júnior, o seminário A busca e a importância da identidade na adolescência. Acompanharam as palestras cerca de 750 pessoas, presencialmente e a distância.

 

“Todos nós que trabalhamos no sistema de Justiça já nos deparamos com situações que, em algum momento do desenvolvimento, o adolescente ou a criança sente pela necessidade de revisitar a própria história. Precisamos estar preparados para ajudá-los nisso”, disse na abertura do evento a juíza assessora da Corregedoria Geral da Justiça e integrante da CIJ Mônica Gonzaga Arnoni, que representou o corregedor-geral, desembargador Ricardo Mair Anafe.

 

Sobre o tema do seminário, a juíza Cristina Ribeiro Leite Balbone Costa citou os adolescentes acolhidos. “É um dos nossos maiores desafios. Muitas vezes desconhecemos a história pretérita deles e nos perguntamos como reconstruir algo que foi perdido”, afirmou.

 

Compartilhando a palestra, a psicóloga clínica e judiciária Laucia Amerina Santos Neri e a psicanalista Regina Lucia de Amorim abordaram diversos temas, como ‘o que é a adolescência’; ‘a importância histórica e evolutiva desse período’; ‘vivências na infância que serão importantes na nova fase’; ‘mudanças físicas, psicológicas e sociais’; e ‘o novo mundo conectado e suas exigências’.

 

“O processo adolescente não é algo que se extingue em nós, é incorporado pelo adulto. Toda vez que temos que enfrentar uma mudança, vem à tona o que vivenciamos na adolescência, os medos, as experiências. É o adolescente em nós que busca o novo e o diferente”, afirmou Regina Lucia. Sobre o mundo conectado, a psicanalista disse que sem vínculos fortes, o adolescente pode entrar no ambiente virtual e ver a conexão construída na internet como preponderante. “Para ter experiências de acolhimento e reconhecimento, o jovem busca curtidas virtuais, que não possuem troca de afeto, gerando vazio e angústia”, falou.

 

Também sobre a construção de relações e sentimento de pertencimento, Laucia Amerina enfatizou que “o amor é o único sentimento capaz de fazer com que todos nós mantenhamos o vínculo, a certeza que dentro de cada um existe uma centeia que nos faz pertencer à humanidade”.

 

No final, as juízas entregaram às palestrantes certificado de participação. Em aproximadamente 15 dias, a gravação do evento estará disponível para acesso livre no media center da CIJ, pelo link www.nucleomedia.com.br/tjsp-cij, com possibilidade de download dos slides, conforme autorizado pelas palestrantes.

 

Estiveram presentes servidores, promotores de Justiça, defensores públicos, integrantes de secretarias estaduais e municipais, advogados, delegados, assistentes sociais, psicólogos, profissionais da Rede de Garantia de Direitos da Criança e do Adolescente e demais interessados.

 

Comunicação Social TJSP – SB (texto) / PS (fotos)


O Tribunal de Justiça de São Paulo utiliza cookies, armazenados apenas em caráter temporário, a fim de obter estatísticas para aprimorar a experiência do usuário. A navegação no portal implica concordância com esse procedimento, em linha com a Política de Privacidade e Proteção de Dados Pessoais do TJSP