EPM e Cetesb promovem live sobre reflexos da pandemia no meio ambiente
Evento reuniu profissionais de diversas especialidades.
Os reflexos da pandemia da Covid-19 na qualidade do ar, da água, na saúde pública e na coleta e destinação de resíduos industriais, hospitalares e domiciliares foram discutidos ontem (4) na live A pandemia e os seus reflexos no meio ambiente, promovida pela EPM e pela Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (Cetesb). A gravação do evento está disponível no canal da Cetesb no YouTube.
A abertura dos trabalhos foi feita pela diretora-presidente da Cetesb, Patrícia Faga Iglecias Lemos, coordenadora da live, que agradeceu a parceria da EPM e a participação de todos, lembrando que o evento é comemorativo à Semana do Meio Ambiente. “O Estado de São Paulo continua sendo um indutor de políticas ambientais em nosso país e mostra com essa atuação e com a importante atuação do Tribunal de Justiça o quanto devemos avançar e nunca retroceder no que diz respeito à temática ambiental”, frisou.
O diretor da EPM, desembargador Luís Francisco Aguilar Cortez, salientou a satisfação pela realização do evento e a importância da atuação conjunta das instituições. “Embora o momento seja de dificuldades para todos, também é de busca de novos caminhos e de reflexão sobre temas que não são novos, mas que talvez precisem de um novo enfoque”, ressaltou.
O secretário de Estado de Infraestrutura e Meio Ambiente, Marcos Rodrigues Penido, também asseverou a necessidade de unir forças para a proteção do meio ambiente, não só durante a pandemia, mas no dia a dia. Ele enfatizou que há muitas conquistas nesse sentido, como a criação pelo Governo Estadual do Conselho de Políticas Públicas para o Meio Ambiente e o balanço positivo entre recuperação e perda de Mata Atlântica, frisando que a fiscalização não foi reduzida durante a pandemia, mas reforçada, bem como o aprimoramento dos cuidados com o meio ambiente.
O coordenador da área de Meio Ambiente da EPM e do evento, desembargador Ricardo Cintra Torres de Carvalho, agradeceu o apoio da diretoria da EPM e da Cetesb e a participação de todos e ressaltou a necessidade de não extrair somente o sofrimento da crise, mas também o aprendizado. “Como decorrência do sofrimento, a pandemia nos trouxe uma oportunidade, que foi uma parada da economia por período suficiente para vermos, de forma prática e um pouco mensurável, o que o silêncio do planeta pode ter trazido de benefício e com que rapidez e de que forma a natureza reage à redução da emissão de gases, calor e de outras ações”, ponderou.
Na sequência, foram realizados debates, tendo como moderador o desembargador Ruy Alberto Leme Cavalheiro, presidente da 1ª Câmara Reservada ao Meio Ambiente.
O assistente executivo da Diretoria de Avaliação de Impacto Ambiental da Cetesb, José Eduardo Bevilacqua, iniciou as exposições discutindo os reflexos da pandemia na qualidade da água. A gerente da Divisão de Qualidade do Ar da Cetesb, Maria Lucia Gonçalves Guardani, falou sobre os impactos na qualidade do ar. O médico Paulo Saldiva, professor titular da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo, concluiu o painel com uma análise das consequências na saúde pública.
Os reflexos da pandemia na coleta e destinação de resíduos industriais, hospitalares e domiciliares foram debatidos no segundo painel, com exposições da gerente da Divisão de Logística Reversa e Gestão de Resíduos Sólidos da Cetesb, Lia Helena Monteiro de Lima Demange, e do diretor-presidente da Associação Brasileira de Empresas Limpeza Pública e Resíduos Especiais (Abrelpe), Carlos Silva.
Também participou da live o juiz Álvaro Luiz Valery Mirra, também coordenador de Meio Ambiente da EPM e do evento.
Os debates terão continuidade na próxima quinta-feira (11), às 17 horas, com acesso no canal da Cetesb no YouTube (confira a programação).
MA (texto) / Reprodução (imagem)