EPM e CIJ promovem o curso ‘Responsabilidade: olhar no espelho ou pela janela?’

Carmen Cintra Torres de Carvalho ministrou a exposição.

 

Foi realizado na sexta-feira (5) o curso Responsabilidade: olhar no espelho ou pela janela?, promovido pela EPM, em parceria com a Coordenadoria da Infância e Juventude (CIJ), com exposição da professora Carmen Silvia Cintra Torres de Carvalho.

 

Ao abrir os trabalhos, o diretor da EPM, desembargador Luis Francisco Aguilar Cortez, agradeceu a presença de todos, ressaltou o trabalho da palestrante e destacou a atuação dos coordenadores dos cursos e eventos: “é deles que vêm as propostas de temas, cursos e a sempre feliz escolha de palestrantes, o que garante o sucesso dos cursos da Escola”.

 

Em nome da CIJ, o desembargador Reinaldo Cintra Torres de Carvalho, coordenador do curso, também agradeceu a presença de todos e enalteceu a atuação da direção da EPM durante a pandemia. O juiz Paulo Roberto Fadigas Cesar, também coordenador do curso, agradeceu a parceria da EPM e a participação da palestrante e dos alunos.

 

Carmen Cintra Torres de Carvalho iniciou a exposição destacando que a falta de responsabilidade está presente em diversas faixas etárias, em relações trabalhistas e até em gestões governamentais, o que gera uma cadeia de prejuízos, como miséria, desgaste, desconfiança e corrupção. “Como educar para criar uma geração que assuma sua responsabilidade de um jeito diferente?”, questionou, esclarecendo que essa pergunta originou a ideia do curso.

 

Em relação às motivações que levam as pessoas a não assumirem responsabilidades, a expositora recordou que no senso comum o foco da visão de responsabilidade geralmente é negativo, centrado em culpa e punição. Ela ponderou que o conceito de culpa vem imputado externamente pela sociedade e não necessariamente está dentro do indivíduo. Ponderou que muitas vezes as pessoas precisam assumir responsabilidades não por escolha própria, mas por casualidade. Portanto, não se identificam com a ideia de culpa quando algo sai errado, sentem raiva. “Você sofre a punição, mas não se transforma”, observou.

 

Ela ressaltou que o sentimento de culpa pode ser positivo, quando o indivíduo se identifica com ele. “Gera na pessoa uma necessidade de pedir perdão e fazer reparação. Não de fora para dentro, mas de dentro para fora. Faz com que entre em contato com seu erro, sua vulnerabilidade e passe a ter a possibilidade de entrar em contato com a vulnerabilidade do outro e isso abre espaços de empatia e conexão”, salientou. No entanto, ponderou que ficar atrelado ao sentimento de culpa por muito tempo ou de maneira intensa pode gerar baixa autoestima, raiva e deixar o indivíduo preso àquela ideia. E acrescentou que em certos casos, para fugir dele, a pessoa projeta nos outros a responsabilidade por seus erros.

 

LS (texto) / Reprodução (imagens)


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