Laucia Neri e Sandra Rodrigues foram as expositoras.

 

Foi realizada na sexta-feira (30) a palestra Da criança aos deuses, promovida pela EPM e pela Coordenadoria da Infância e Juventude (CIJ), com exposições da psicóloga judiciária Laucia Amerina Santos Neri e da psicóloga Sandra Rodrigues e participação do juiz Marco Mattos Sestini.

 

Iniciando as exposições, Sandra Rodrigues discorreu sobre os mitos, explicando a sua importância e linguagem universal. Ela citou o professor norte-americano Joseph Campbell, para quem os mitos são "histórias que têm como função principal guiar o espírito humano", salientando que essas histórias dão referências e orientações sobre quem somos e sobre a caminhada da vida e contêm realidades psicológicas profundas.

 

A expositora destacou que além de utilizarem símbolos, os mitos trazem arquétipos, lembrando que esse termo foi utilizado pelo psiquiatra e psicoterapeuta suíço Carl Gustav Jung para conceituar modelos e padrões de comportamento. E acrescentou que os deuses representam arquétipos ativos no inconsciente.

 

Laucia Neri falou a seguir sobre a antroposofia, conceito criado pelo filósofo austríaco Rudolf Steiner, explicando que a etimologia do termo se origina do grego e significa “conhecimento do ser humano”. Ela elucidou que o conceito surgiu no século XX e tinha por objetivo ampliar o conhecimento obtido pelo método científico convencional, bem como a sua aplicação em praticamente todas as áreas da vida humana.

 

Ela discorreu sobre a psicologia biográfica, segundo a qual a estrutura e o desenvolvimento humanos ocorrem em setênios (períodos de sete anos), ponderando que esse tempo pode ser aproximado. E destacou os acontecimentos mais emblemáticos de cada setênio, mencionando a infância e suas descobertas, aprendizados e desafios, entre outros.

 

LS (texto) / Reprodução (imagens)