EPM promove o workshop ‘Movimentos essenciais na Justiça’

Claudia Boatti foi a expositora.

 

Foi realizado ontem e hoje (29) o workshop Movimentos essenciais na Justiça da EPM, com exposição da professora Claudia Boatti e coordenação da juíza Vanessa Aufiero da Rocha.

 

A abertura dos trabalhos foi feita pela desembargadora Gilda Cerqueira Alves Barbosa Amaral Diodatti, que parabenizou a coordenadora pela iniciativa do curso e agradeceu a participação de todos, em especial da palestrante. “Tenho certeza de que esse workshop será construtivo pessoal e profissionalmente para todos nós, para aprendermos novas metodologias para o exercício da atividade jurisdicional”, ressaltou.

 

Claudia Boatti iniciou a exposição salientando a importância de aceitar o passado para se trazer o novo. “Só podemos trazer o novo com o anterior no nosso coração, assim como para dar um passo a perna que está no ar não pode desprezar a que está no chão”, explicou. Ela esclareceu que o principal motor dos movimentos essenciais é criar reconciliação em todos os níveis com os aspectos que são rejeitados, reprimidos, que causam vergonha ou são projetadas das pessoas. “Que esses aspectos possam ter um bom lugar no nosso coração, ao lado daqueles que reconhecemos e nos orgulhamos, que possam ser reconhecidos e agradecidos por sua contribuição para o nosso crescimento”, salientou.

 

A palestrante conduziu uma prática para trazer os participantes ao senso de presença e de aceitação ancorando na percepção do corpo, na sonorização e no efeito da palavra ‘sim’. A seguir, explicou o princípio que norteia os movimentos essenciais: todas as soluções devem ser buscadas “para o meu bem e para o bem de todos”. “Se não for para o meu bem, não será para o bem de todos e se não for para o bem de todos, não será para o meu bem”, ressaltou e explicou os demais princípios que são também afirmações que suscitam reflexão e compreensão:

 

“Sentirmo-nos mais ou melhor do que o outro é o princípio de toda guerra; estamos o tempo todo afetando e sendo afetados pela trama social. Nosso olhar não é neutro. Muitas vezes, sem sermos conscientes, criamos o oposto do que desejamos para nós e nosso entorno. Somos nós que nos consideramos do lado bom da sociedade, com os valores certos e a moral correta, os responsáveis por criar o oposto do que desejamos como destino para as futuras gerações. Perceber que a vida é uma energia benigna que sempre nos traz o melhor para o nosso crescimento. Os desafios destes tempos nos exigem perceber que o crescimento pessoal, espiritual e coletivo acontece através da reconciliação. Reconciliar o outro em mim como uma fração do Todo que eu sou. Tornarmo-nos agentes conscientes de mudança, fazendo a nossa parte no coletivo. Reconhecer como a vida passa a ter sentido quando focamos nossa tarefa”.

 

Claudia Boatti explicou os níveis do ser ressoante (Essência Divina), vibrante (dimensão quântica, Luz Divina); de atenção consciente (observador no estado meditativo) e os níveis mental, emocional e reativo (que são da personalidade). Ela esclareceu que os primeiros são velozes e leves em sua vibração, enquanto os últimos, no nível da personalidade são mais densos e lentos e acrescentou que no ocidente a humanidade se reconhece a partir da dimensão da personalidade. E explicou que o desafio é ativar novos circuitos de inteligência, que permitirá acessar os níveis superiores por meio da vibração, da frequência que as pessoas sintonizam.

 

“Com consciência, quando nos percebemos densos, podemos fazer o movimento que precisamos para entrar em uma vibração veloz e acessar o nível superior que sabe o que é melhor para mim e para todos e depois esse nível informará a mente. Quando se acessa os níveis de vibrações superiores nossas reações, emoções e pensamentos também vibram em uma frequência veloz e isso possibilita encontrar as melhores soluções para o que está acontecendo na minha vida e no meu entorno”, frisou.

 

Ela acrescentou que o nível do corpo de Luz é o nível do Todo no ser. “Nesse nível eu sou uma gota do Todo, do mar, da humanidade e tudo o que eu vejo fora está dentro de mim. Neste nível trabalhamos para criar reconciliação para que depois esse nível informe e permeie a personalidade. A personalidade não precisa mudar, nada em mim precisa mudar. O que precisa é reconhecer a personalidade como espaço de manifestação desta Luz que também somos. É a minha frequência que permite que eu contate esta Luz que eu já sou e acessar esse campo de infinita sabedoria que já mora em nós e entre nós, de forma consistente para que possa se expressar através de mim”, esclareceu.

 

Claudia Boatti explanou ainda sobre as dimensões da personalidade, sobre a dimensão do Todo ou corpo de Luz, na perspectiva dos movimentos essenciais, bem como sobre as diferentes consciências segundo Bert Hellinger. Por fim, realizou práticas de movimentos essenciais com os participantes.

 

Também participou do evento a juíza Mônica Tucunduva Spera Manfio, entre outros magistrados, servidores e outros profissionais.

 

RF (texto) / Reprodução (imagem)


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