EPM promove o seminário ‘Intervisão: uma metodologia de aprimoramento da Justiça’
Foram compartilhadas experiências com a intervisão no TJSP.
Com o objetivo de introduzir a intervisão como modalidade formativa de juízes da área da Infância e Juventude, a EPM realizou ontem (30) o seminário Intervisão: uma metodologia de aprimoramento da Justiça – a experiência francesa e sua introdução em São Paulo para magistrados do Tribunal de Justiça de São Paulo e de outros tribunais.
Na abertura dos trabalhos, o diretor da EPM, desembargador Luis Francisco Aguilar Cortez, representando o presidente do TJSP, agradeceu a participação de todos, em especial do corregedor-geral da Justiça, desembargador Ricardo Mair Anafe; do diretor adjunto da Escola Nacional da Magistratura da França (École Nationale de la Magistrature - ENM), Elie Renard; e dos palestrantes e parabenizou os coordenadores pelo trabalho desempenhado na área da Infância e Juventude. “A presença de todos muito nos honra e esperamos que seja muito frutífera a parceria com a Escola Nacional da Magistratura francesa”, frisou.
O desembargador Eduardo Cortez de Freitas Gouvêa, coordenador da área da Infância e Juventude da EPM e do evento, também agradeceu a participação e o empenho de todos, especialmente do juiz Eduardo Rezende Melo, também coordenador da área e do evento. “Esse curso é um sonho de muitos anos da magistratura paulista. A especialização na área da Infância e Juventude é de suma importância para a formação dos magistrados. É uma área sensível e a experiência francesa em muito nos ajudará para a realização desse sonho”, ressaltou.
O diretor adjunto da ENM, Elie Renard, agradeceu a todos os envolvidos na celebração do convênio com a EPM, que deu origem ao seminário, destacando a colaboração dos juízes Eduardo Melo e Anne-Marie Morice. Ele explicou que o método da intervisão teve origem nos Países Baixos e foi introduzido na França pela Holanda, em 2008, o que permitiu a troca de ideias e o desenvolvimento na cultura dos magistrados do olhar cruzado sobre a pertinência de suas práticas profissionais.
O corregedor Ricardo Anafe parabenizou a todos e salientou a importância do convênio firmado com a ENM para a formação de magistrados. “A intervisão, essa metodologia de observação direta e sem escala hierárquica, que possibilita a troca de ideias e a observação de tudo o que há de melhor em cada um é muito importante, em especial porque respeita integralmente o princípio da independência dos juízes na sua interpretação e na sua decisão”, asseverou.
Iniciando as exposições, os juízes formadores Anne-Marie Morice e François Touret-de-Coucy falaram sobre a intervisão e sobre a experiência francesa de aprimoramento da prática judicial. Eles recordaram a introdução e o desenvolvimento da metodologia na França e explicaram como ela funciona para a troca de informações, bem como os benefícios e os desafios para a sua aplicação, lembrando que se trata de um método benevolente de observação e de reflexão sobre as práticas profissionais dos magistrados.
O juiz Eduardo Melo discorreu sobre a introdução da intervisão em São Paulo, as perspectivas e o quadro de suporte aos magistrados. Por fim, os magistrados paulistas relataram sua experiência com a intervisão e destacaram os aspectos mais importantes para a disseminação da experiência no estado e no país.
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