EPM inicia o 'Curso de aprofundamento teórico em Justiça Restaurativa: olhares sobre as violências'

Curso é ministrado na plataforma Moodle.
 
Teve início na sexta-feira (15) o Curso de aprofundamento teórico em Justiça Restaurativa: olhares sobre as violências da EPM, coordenado pelo juiz Egberto de Almeida Penido, com coordenação adjunta dos juízes Eliane Cristina Cinto, Marcelo da Cunha Bergo e Marcelo Nalesso Salmaso e da assistente social Andrea Svicero, supervisora do Serviço de Justiça Restaurativa da Coordenadoria da Infância e da Juventude (CIJ). O curso é realizado por meio da plataforma Moodle e abrange aulas pré-gravadas, encontros reflexivos, leituras e atividades em grupo.

A abertura dos trabalhos foi feita pelo diretor da EPM, desembargador Luis Francisco Aguilar Cortez, que agradeceu a participação de todos, em especial do coordenador da CIJ, desembargador Reinaldo Cintra Torres de Carvalho, e dos coordenadores do curso, destacando a importância da Justiça Restaurativa não apenas para aqueles que se dedicam ao seu estudo e aplicação, mas também para a EPM.

O desembargador Reinaldo Cintra Torres de Carvalho, também coordenador do Grupo Gestor da Justiça Restaurativa do TJSP, ressaltou a relevância do enfoque da Justiça Restaurativa para o problema da violência. “A ideia de uma sociedade mais justa, democrática e republicana não pode passar ao largo do enfrentamento da violência, seja pessoal, institucional, segregacionista ou psicológica, que infelizmente vivenciamos a cada dia. E as soluções encontradas para o enfrentamento da criminalidade normalmente também são violentas. Esse tema dentro do espectro da Justiça Restaurativa é fundamental, porque se queremos uma sociedade que converse, que resolva seus problemas sem a interferência do Estado e que consiga conviver de forma harmônica e pacífica, precisamos estudar as causas da violência e as formas como ela se expressa e acredito que com esse curso daremos um grande passo no aprimoramento das pessoas que trabalham com a JR e na transformação das pessoas”, enfatizou.  

O juiz Egberto Penido salientou a alegria em iniciar o curso e agradeceu o trabalho dos demais coordenadores e professores e o apoio da coordenação da CIJ e da direção da EPM às iniciativas da Justiça Restaurativa, lembrando que a Escola desenvolve atividades nessa área desde 2005. Ele destacou a convergência dos valores, princípios e diretrizes da área da Infância e Juventude com os da JR, entre eles a visão não punitiva, mas socioeducativa e de corresponsabilização, não só individual, mas também da família, da sociedade e do Estado. “Isso é fundante em termos de Justiça Restaurativa, assim como o trabalho dentro de uma lógica sistêmica, de articulação em rede e de cooperação intersetorial e interinstitucional, que convida ações preventivas”, frisou, enfatizando que o curso é mais um passo na "caminhada sem fim” da JR: “lidar com a violência sem ser violento é um grande aprendizado”.

Na sequência, os juízes Egberto Penido e Eliane Cristina Cinto e a assistente social Andrea Svicero falaram sobre os objetivos e a metodologia do curso. Também foi veiculada uma breve exposição gravada pelo juiz Marcelo Salmaso e feita a apresentação dos professores.

MA (texto) / Reprodução (imagem)


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