EPM inicia segunda edição do ‘Curso de aprofundamento teórico em Justiça Restaurativa: olhares sobre as violências’

Curso é ministrado na plataforma Moodle.

 

Teve início ontem (1º) a segunda edição do Curso de aprofundamento teórico em Justiça Restaurativa: olhares sobre as violências da EPM, realizado por meio da plataforma Moodle. A aula inaugural foi dedicada à apresentação dos coordenadores, professores e participantes e dos objetivos e metodologia.

 

O curso é coordenado pelo juiz Egberto de Almeida Penido, com coordenação adjunta dos juízes Eliane Cristina Cinto, Marcelo da Cunha Bergo, Marcelo Nalesso Salmaso e Vanessa Vaitekunas Zapater e da assistente social judiciária Andrea Svicero. A programação abrange aulas pré-gravadas, encontros reflexivos, leituras e atividades em grupo.

 

A abertura dos trabalhos foi feita pelo diretor da EPM, desembargador José Maria Câmara Júnior, que agradeceu a participação de todos, em especial dos coordenadores do curso e destacou a recente criação de uma coordenadoria de área de Justiça Restaurativa na Escola. “Tenho conhecimento do sucesso dessa área e da excelência dos participantes, além do entusiasmo e energia de todos que procuram ter acesso à produção de conhecimento em Justiça Restaurativa. Há manifestações de interesse da sociedade e isso mostra a qualidade dos profissionais envolvidos”, ressaltou.

 

O juiz Egberto Penido salientou a alegria pelo início do curso e pela criação da coordenadoria de área na EPM, enfatizando a parceria da Escola na implementação, formação e sensibilização sobre Justiça Restaurativa desde 2005. “A criação da coordenadoria é um reconhecimento da potência, da identidade do que vem sendo feito no campo da Justiça Restaurativa e tem uma convergência e sinergia mais do que simbólica com o início desse curso”, ressaltou. Ele agradeceu à direção e aos servidores da Escola, professores e integrantes da coordenação do curso e do serviço de JR, bem como do Grupo Gestor de Justiça Restaurativa da Coordenadoria da Infância e Juventude do Tribunal de Justiça de São Paulo, lembrando que ele é responsável por pautar a política pública de implantação da JR no estado de São Paulo.

 

Marcelo Nalesso Salmaso também agradeceu a todos e lembrou que a Justiça Restaurativa não se resume a um método de transformação de conflitos, tem um rol de métodos para várias finalidades e vai muito além. Ele frisou a importância de se olhar com profundidade para as violências, especialmente as não aparentes, mas presentes na base de convivência social, que são aquelas estruturais, culturais e simbólicas, para que a JR não seja apenas uma resposta ao conflito, mas atue nas dimensões institucional e social para superar os fatores motivadores das violências. “A JR é um convite à sociedade ou comunidade para mudança do paradigma de convivência social, de superação do individualismo, utilitarismo, consumismo e exclusão, que constroem a convivência social a partir de violências físicas e psíquicas, para uma nova estrutura pautada no diálogo, na tolerância, atendimento de necessidades, reparação de danos, construção de responsabilidades individuais e coletivas, cooperação e cuidado comigo, com o outro e com o meio ambiente em que estou inserido”, ressaltou.

 

RF (texto) / Reprodução (imagem)


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