EPM promove palestra sobre redação jurídica

Antônio Gidi foi o expositor.

Foi realizada ontem (13) na EPM a palestra Redação jurídica, com exposição do professor Antonio Gidi. O evento foi promovido de maneira híbrida, com mais de mil inscritos no modo on-line. 

A abertura dos trabalhos foi feita pelo diretor da EPM, desembargador José Maria Câmara Júnior, coordenador do evento, que agradeceu a participação de todos, em especial do expositor. “A palestra trará valiosas lições para o aprimoramento das nossas atividades profissionais e acadêmicas”, ressaltou. 

O vice-diretor da Escola, desembargador Gilson Delgado Miranda, também coordenador do evento, enfatizou a preocupação do palestrante com a comunicação do profissional do Direito ao seu destinatário e com aspectos como estilo profissional, forma, estrutura, coesão, voz e eficiência da linguagem. 

Antonio Gidi observou que há mais de 200 anos se estuda o uso da linguagem concisa nos Estados Unidos, enquanto no Brasil não houve esse aprimoramento. Ele chamou a atenção para a utilização de palavras inúteis nos textos jurídicos, citando como exemplo o uso desnecessário das palavras respectivo ou respectivamente: 212 casos na Constituição Federal, 130 no Código Civil e 114 no Código de Processo Civil. Salientou que o Código Civil de Portugal de 1966 apresenta 190 casos, mas no CPC português de 2013 não há ocorrências desse tipo, o que indica a preocupação de aprimoramento do uso da linguagem no país.

“Esse é um aspecto, mas existem mais de mil. E quem viola o princípio da concisão, também viola os princípios da precisão, da clareza e da simplicidade e não sabe escrever de forma vigorosa”, acentuou Antonio Gidi. Ele ressaltou que embora pareça insignificante excluir uma palavra ou expressão inútil, o problema é que isso se acumula no texto e esconde a mensagem que se quer transmitir. E explanou sobre acepções de estilo, estrutura das frases e parágrafos, coesão e voz, e enfatizou a importância da revisão. 

O evento teve a presença dos desembargadores Gilda Cerqueira Alves Barbosa Amaral Diodatti; Mônica de Almeida Magalhães Serrano e Vicente de Abreu Amadei, conselheiros da EPM; dos juízes Camile de Lima e Silva Bonilha, Diego Bocuhy Bonilha e Fernando Antônio de Lima e da professora Patrícia Miranda Pizzol, entre outros magistrados, servidores, advogados, estudantes e outros profissionais, que participaram presencialmente e on-line.

RF (texto e fotos)


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