EPM inicia curso sobre depoimento especial e metodologias de avaliação com intersecção entre as áreas criminal, de família e da infância e juventude
Irene Intebi foi a expositora.
Teve início na terça-feira (6) o curso Entre o abuso e a manipulação: depoimento especial e metodologias de avaliação na intersecção entre as áreas criminal, de família e da infância e da juventude da EPM, com exposição da psiquiatra infantil e psicóloga clínica argentina Irene Intebi sobre o tema “Abuso sexual infantil: definições e indicadores de suspeita”. Realizado na modalidade on-line, o curso teve cerca de 570 inscritos.
O juiz Eduardo Rezende Melo, coordenador do curso e da área da Infância e Juventude da Escola, agradeceu a participação de todos, em especial da palestrante e das monitoras, juíza Manoela Assef da Silva e psicóloga judiciária Mônica Potzik, que conduzirão os grupos de debates do curso, que visam construir diretrizes coletivas de atuação, especialmente para delimitar, diante de notícias de crime, aspectos que o corroborem ou que constituam manipulação, sugestionamentos ou falsas memórias implantadas. “Precisamos separar o que é o mais grave e que demanda algum tipo de intervenção de eventuais sugestionamentos”, enfatizou Eduardo Melo.
Irene Intebi citou dados relacionados ao abuso sexual infantil e salientou que ele ocorre em todos os países, comunidades e classes sociais. Ela acrescentou que se trata de um fenômeno complexo, que requer intervenção interdisciplinar e interinstitucional, com o objetivo de preservar a saúde e o bem-estar psicofísico das crianças e adolescentes. Explicou também como definir maus tratos à criança e ao adolescente e esclareceu que o abuso não começa abrupta e imprevisivelmente. “Em geral, o início é insidioso, a evolução é crônica e episódios de características mais brandas geralmente pioram com o tempo”, ressaltou. A seguir, explanou sobre os comportamentos que indicam que a criança ou o adolescente podem estar sofrendo abuso sexual.
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