EPM conclui segunda edição do Núcleo de Estudos em História e Memória
Palestraram Sidnei Beneti, Luciana Bresciani e Zélia Alves.
O encontro de encerramento da segunda edição do Núcleo de Estudos em História e Memória da EPM, oferecido como extensão universitária, foi realizado na sexta-feira (2) e foi dedicado ao tema “Homens e mulheres na construção da história da magistratura”, com exposições do ministro Sidnei Agostinho Beneti e das desembargadoras Luciana Almeida Prado Bresciani e Zélia Maria Antunes Alves.
Na abertura dos trabalhos, o diretor da EPM, desembargador José Maria Câmara Junior, agradeceu a participação de todos, em especial dos palestrantes, e cumprimentou os coordenadores do núcleo, desembargadora Luciana Bresciani e juiz Carlos Alexandre Böttcher. Ele ressaltou que a EPM cumpriu as metas de capacitação constantes do Planejamento Estratégico e do Plano de Logística Sustentável do Tribunal de Justiça de São Paulo e está cumprindo as demais resoluções e recomendações do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) relativas à capacitação de magistrados e servidores.
O ministro Sidnei Beneti falou sobre os homens na constituição da magistratura paulista, citando personalidades relevantes que atuaram como presidentes do TJSP, corregedores de Justiça, presidentes da Associação Paulista de Magistrados (Apamagis) e diretores da EPM. “Há uma grande quantidade de pessoas que têm papel preponderante até hoje e continuam a escrever a história. Pessoas que têm importância enorme, seja pela atuação jurisdicional, seja pela atuação em momentos históricos”, pontuou.
A desembargadora Luciana Bresciani fez um breve histórico do segundo Núcleo de Estudos em Memória e História, iniciado em fevereiro deste ano, mencionando alguns temas tratados, como o centenário da Semana de Arte Moderna de 1922, o bicentenário da Independência, os 90 anos da Justiça Eleitoral e os 90 anos da Revolução Constitucionalista. “Relevantes assuntos relacionados à história, à memória e ao patrimônio cultural da Justiça para o aprimoramento do Poder Judiciário e do Tribunal, contribuindo para o fortalecimento do sentimento de pertencimento de seus magistrados e servidores”, destacou. As gravações dos encontros das duas edições do núcleo estão disponíveis no canal da EPM no YouTube.
Primeira mulher magistrada concursada do TJSP, a desembargadora Zélia Maria Antunes Alves ingressou em 1980. Ela ressaltou que a forma de acesso à carreira e aos tribunais é ponto crucial na história da magistratura. “As barreiras transpostas pelas mulheres eram descomunais, decorrentes de valores cultivados por uma sociedade patriarcal, na qual sempre predominou o entendimento de que as atividades externas, dentre elas a magistratura, deveriam ser exercidas pelos homens, cabendo às mulheres as atividades restritas ao lar”. Zélia Antunes Alves lembrou ainda a jurista brasileira Auri Moura Costa, que atuou no estado do Ceará e foi a primeira mulher a assumir a função de juíza na história do país, ingressando no cargo em 1939.
Também participou do evento o desembargador Roque Antonio Mesquita de Oliveira, entre outros magistrados, servidores e demais profissionais.
MB (texto) / Reprodução (imagem)