EPM inicia curso sobre redação jurídica
Marcos Pagan proferiu a aula inaugural.
Teve início ontem (27) na EPM o curso Redação Jurídica, com exposição do juiz Marcos Alexandre Bronzatto Pagan sobre os temas “Estruturação do texto, gêneros textuais, capítulos das peças processuais e organização lógica do texto jurídico”. Realizado de maneira on-line, o curso teve 768 inscritos.
Na abertura dos trabalhos, o diretor da EPM, desembargador José Maria Câmara Junior, agradeceu a participação de todos para a concretização do curso, em especial dos juízes Marcos Pagan, Danielle Martins Cardoso e Luiz Antonio Alves Torrano, coordenadores do curso e da Área de Redação e Prática Jurídica da Escola. Ele ressaltou que o objetivo é transmitir conteúdo sobre a técnica empregada na redação de textos jurídicos, além de revisão gramatical. E frisou que as manifestações devem apresentar lógica, coesão, coerência, clareza e objetividade.
Marcos Pagan salientou que o curso tem foco na atividade jurisdicional e é direcionado principalmente àqueles que elaboram atos processuais, minutas e queiram se aperfeiçoar na prática da redação, como servidores, advogados, peritos e outros colaboradores. “Para que possamos bem exercer o nosso mister, necessitamos de auto capacitação no estudo da língua portuguesa e das técnicas de redação jurídica”, frisou.
Ele discorreu sobre a estruturação e atributos do texto jurídico, como verdade, conhecimento, dignidade, clareza e simplicidade, gêneros textuais e sua aplicação nas peças jurídicas, capítulos das peças processuais e organização lógica do texto. Lembrou que os aspectos gráficos do texto também comprometem a clareza e esclareceu que objetividade é o atributo do texto jurídico relacionado à otimização, de maneira que, quanto mais conteúdo pertinente houver no menor espaço de tempo ou no menor espaço físico, mais objetividade se alcança. Acrescentou que a concisão é obtida pelo corte de elementos desnecessários e destacou a prática da revisão: “é preciso saber cortar”.
RF (texto e fotos)